04/08/2011

Celso Amorim é o novo ministro da Defesa

Nelson Jobim: após novas críticas ao governo, o ministro caiu
A recente onda de críticas que decidiu disparar contra o governo federal nos últimos dias custou a Nelson Jobim o cargo de ministro da Defesa, nesta quinta-feira. Ele entregou sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff pouco depois das 20h desta quinta-feira. O novo ministro é Celso Amorim, que já foi ministro das Relações Exteriores no governo Lula.

O agora ex-ministro já estava na linha de degola da presidente Dilma Rousseff – e deveria cair na primeira reforma ministerial do governo, que pode ocorrer entre o final deste ano e o início de 2012. Dilma, porém, decidiu antecipar a saída de Jobim, após uma entrevista em que ele definiu o governo da presidente como "atrapalhado" e classificou a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, como "fraquinha". Agora, vai a três o total de ministros demitidos pela presidente deste o começo do ano.

Jobim, aliás, nunca foi uma opção da presidente Dilma para a Esplanada. Ele apenas foi mantido no cargo que ocupava desde julho de 2007. De início, a presidente não pretendia mantê-lo no governo. Foi aconselhada a mudar de ideia diante do argumento de que o ministro seria o único no quadro capaz de conter as insatisfações dos militares. Tamanho é o entrosamento de Jobim com os oficiais que ele considerava como prioridade de sua pasta a modernização das Forças Armadas.

O ex-ministro assumiu a Defesa durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no lugar de Waldir Pires. Jobim foi alçado ao cargo como parte do pacote de soluções para os problemas que levaram o caos aos aeroportos brasileiros em 2007. Ele, então, enquadrou os controladores de voo que emperraram o país realizando uma operação-padrão, entre março e julho daquele ano e conseguiu fazer com que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) finalmente começasse a conversar com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), a Aeronáutica e as companhias aéreas. As medidas, embora salutares, acabaram se mostrando ineficientes ao longo dos anos.

O nome de Jobim, filiado ao PMDB, chegou até mesmo a ser cotado como possível candidato do partido às eleições presidenciais do ano passado. Mas os peemedebistas acabaram optando pelo apoio à Dilma Rousseff. O próprio Lula chegou a cogitar Jobim como vice em sua chapa na corrida presidencial de 2006.
Fonte: Veja

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