Conheça a nova geração do modelo, que virá ao Brasil com motor 2.0 de 200 cv
Antes considerado "carro de mulherzinha", VW New Beetle cresceu para conquistar os homens
Fusca reencarnado em 1998 com mecânica, suspensão e plataforma da 4ª geração do Golf, o Beetle ganhou certa aura feminina, apesar de ser a cara do pai – cuja masculinidade não foi posta à prova, apesar da também carroceria arredondada e do suspeito vasinho de flores. Nada que a Volkswagen tenha planejado, segundo explica Henrique Sampaio, gerente de Marketing do Produto da Volkswagen do Brasil.
- Em nenhum momento a marca apresentou o modelo como um carro direcionado para o público feminino, embora sempre reconhecesse e valorizasse a grande aceitação demonstrada também pelas mulheres.
Teria, entretanto, a aura delicada o poder de negar o lado masculino do carro – ou do dono – a ponto de prejudicar o resultado de vendas? Não exatamente. Ainda que não seja possível competir com o sucesso do pai, cujas vendas chegaram a 20 milhões de unidades, a VW se diz satisfeita com os 1,5 milhão de Beetle vendidos desde o lançamento.
- Ele foi considerado um sucesso mundial. No Brasil, o modelo faz parte de um nicho de mercado, em que é muito bem sucedido.
Convenhamos: não é fácil ser filho de gente famosa, Julian Lennon que o diga. Fica sempre a expectativa de encontrar no herdeiro as qualidades que fizeram o progenitor brilhar. No caso do Beetle e do filho do Beatle, o sucesso está longe de se repetir. Um fator importante são as companhias. Rebeldia esperada na adolescência, o New Beetle ignorou as amizades do pai, um “carro do povo”, e criou um novo e restrito círculo de amigos: os que podem pagar R$ 65 mil por um carro para quatro pessoas perfeito para duas.
Modelo deixou de ser "carro do povo" para atender àqueles que buscam imagem (Divulgação)
Anos dourados
Mais parecido com o Fusca original, o Beetle 2012 – alento ao coração de saudosistas fuscanianos, de nostálgicos de épocas douradas, de colecionadores (ricos) de objetos retrô – tem a missão de continuar trilhando o caminho de sua primeira geração, isto é, atender a um tipo de consumidor para quem o carro está além de sua funcionalidade e expressa um estilo de vida, nicho em que se incluem mulheres e o consumidor GLS. Desta vez, entretanto, o modelo volta com um pouco mais de testosterona para agradar também aos machões à moda antiga.
O hatch, produzido em Puebla, no México, deixou a barba crescer. A opção Sport, primeira a chegar ao Brasil, está maior, mais forte e equipada. São mais 15,2 cm de comprimento, 2,2 cm de entre-eixos e 8,4 cm de largura. O motor será um 2.0 16V que gera 200 cv de potência. Para quem valoriza também revoluções internas, estão previstas para o besouro as opções de entretenimento que equipam Golf, Jetta e Passat.
Com esse visual mais agressivo, a imaginação antropomórfica da molecada poderá ouvir, a cada acelerada, um Fusca invocado intimar seus concorrentes.
- E aí, vai encarar?
Nos adultos... bem, pode ser que eles ouçam a mesma coisa.
Interior também amadureceu, ganhando toques mais agressivos e esportivos (Divulgação)
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