09/10/2011

Fla sobe no Flu; Vasco cai no Inter

Se um marciano tivesse sido convidado para ver o líder do Brasileirão jogar na quentíssima tarde em Porto Alegre (23.797 torcedores)  ele não acreditaria, pelo que veria no primeiro tempo, que o primeiro colocado é o Vasco e não o Inter, tal a superioridade do Internacional.

Que obrigou Fernando Prass a fazer cinco defesas difíceis para livrar o Vasco de sofrer gols, embora Diego Souza tenha, aos 26, de voleio, quase feito 1 a 0 para os cruzmaltinos e, no derradeiro minuto, desperdiçado um peixinho na cara do gol colorado.

Leandro Damião fazia muita falta na hora de definir para o Inter e Juninho Pernambucano era ausência sentida na organização vascaína.

Mas ambas as ausências se davam por situações comuns no futebol, contusões inevitáveis, como a que vitimou Eduardo Costa, trocado logo aos 15 minutos por Fellipe Bastos no time visitante.

Sim, é verdade, Damião também não estaria no Beira-Rio, mas no México com a Seleção, se não estivesse lesionado.

Duro para o marciano seria entender porque o chefe da defesa do Vasco estava ausente, coisa que o torcedor cruzmaltino deve cobrar de seu presidente, subserviente, como todos os demais, à CBF.

Situação idêntica a dos torcedores da dupla Fla-Flu que viam um clássico modorrento no Engenhão (21.052 pagantes), graças às ausências de Ronaldinho Gaúcho e Fred.

Chance de gol mesmo foram só duas, aos 15 em furada de Rafael Moura e, aos 36, quando Renato pôs Deivid na cara do gol e Cavalieri defendeu.

O Flu jogava melhor, mas não traduzia a superioridade em gol.

O Vasco voltou com Diego Rosa no lugar de Felipe, completamente sem ritmo de jogo.

Mas logo aos 3 minutos, Andrezinho pela esquerda achou D’Alessandro livre dentro da área e o argentino fuzilou para fazer o merecido 1 a 0, em bola que ainda desviou na zaga vascaína, tornando impossível uma nova defesa do excelente Fernando Prass.

Dorival Júnior, a quem o Vasco tanto deve, vibrava no banco colorado.

Como vibrou Abel Braga, quando, como um autêntico guerreiro, Marquinho ganhou uma bola perdida na divida, deu para Leandro Euzébio que, como um ponta-direita, cruzou na cabeça de Rafael Sóbis, para botar o Flu na frente: 1 a 0, aos 14.

Porta arrombada, Luxemburgo mexeu três vezes de uma vez, tirando Deivid, Diego Maurício e Maldonado e pondo Jael, Negueba e Botinelli.

E Negueba logo pegou um chute cruzado que Thiago Neves desviou para empatar, aos 24.

Mas o Flu seguia melhor e Lanzini desempatou de novo, aos 33, ao receber passe de Souza, a dupla que Abel Braga pôs nos lugares de Deco e e Diguinho, como colocou Martinuccio no lugar de Sóbis, também três trocas de uma vez. O resultado era justo.

Mas não perduraria, porque, aos 41, Bottinelli bateu uma falta do meio da rua com extrema competência, a bola bateu no travessão e entrou, para carimbar o 2 a 2.

O gringo estava em estado de graça, porque, dois minutos depois, pegou novo tirambaço para virar o jogo num 3 a 2 sensacional, injusto, mas .

Abel Braga enlouqueceu, foi expulso e se recusou a sair reclamando de um pênalti cometido por Jael, como Souza também se descontrolou e levou o vermelho.

O Fla tomou o quarto lugar do Botafogo.

Noi Beira-Rio, machucado, Andrezinho saiu e entrou o prata de casa João Paulo, que em seu primeiro lance quase ampliou, ao se aproveitar de um escorregão de Fagner.


E o Vasco foi à luta, em busca do empate perdido, reclamando de um pênalti de João Paulo sobre Diego Rosa.


Ilsinho saiu para entrar Zé Roberto, aos 22.


E o Vasco pressionava e ameaçava valentemente, com Éder Luís infernizando a defesa gaúcha.


Mas, aos 31, Bolatti exigiu novo milagre de Prass que Índio, o zagueiro artilheiro, aproveitou para ampliar de cabeça, 2 a 0.

No minuto derradeiro, João Paulo cruzou pela esquerda e Tinga, que substituíra D’Alessandro, fez 3 a 0.
 

Belíssima exibição colorada contra um Vasco que fez o que pôde diante das circunstâncias.

Em Santos (7.373 pagantes), com mais um gol de Borges, o Santos bateu o Palmeiras no esvaziado clássico paulista por 1 a 0.

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