01/03/2011

Colocar Ney Franco no Santos é interessante para política da CBF

Desde a semana passada, poucas decisões tomadas no futebol brasileiro não estão relacionadas ao racha no C13, provocado pela venda dos direitos de transmissão do campeonato nacional. Até a escolha do substituto de Adilson Batista no Santos pode seguir a regra.

A diretoria santista fez a Mano Menezes o pedido de liberação de Ney Franco até maio, quando seria contratado Abel Braga. Mano é amigo de Andrés Sanchez, líder da rebeldia no C13. Se tiver interesse em ajudar o Peixe, o ex-treinador do Corinthians terá que conversar com Ricardo Teixeira, outro chapa de Andrés.

Teixeira, como é sabido, apoia Andrés na empreitada. O Santos ainda não anunciou publicamente de que lado ficará na briga. Sua presença é muito desejada por Andrés para que o São Paulo fique isolado como o único grande paulista a não abandonar a negociação conduzida pelo C13.

Se Ney Franco for liberado por Teixeira com a ajuda de Andrés, o santista Luís Álvaro ficará pouco à vontade para recusar o convite de engordar o grupo de dissidentes do Clube dos 13. Quanto mais esvaziada ficar a entidade, maior é a chance de a CBF herdar a negociação com a TV.

Foto de Perrone
Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, iniciou a carreira nas redações dos jornais impressos, além de atuar como repórter esportivo no rádio. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Leia mais

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