O número de bolsas oferecidas pelo Prouni (Programa Universidade para Todos) deveria ser ampliado, pois é insuficiente para atender a população brasileira que quer ingressar em uma universidade.
A conclusão é de uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) divulgada nesta segunda-feira (28). Foram ouvidas 2.773 pessoas de todas as regiões do país (Sul, Sudeste, Nordeste, Norte e Centro-Oeste).
O estudo, chamado Sips (Síntese de Indicadores de Percepção Social), foi realizado entre os dias 3 e 19 de novembro de 2010.
Dos entrevistados, 84,2% consideraram "pouca" ou "muito pouca" a oferta de vagas no programa, que dá bolsas de 50% e 100% da mensalidade em instituições particulares de ensino superior. Sete em cada dez pessoas (73,4%) acreditam que o ProUni deveria ser ampliado.
O programa possui a maior visibilidade entre as ações educacionais, com 61% dos entrevistados afirmando conhecê-lo. Boa parte das pessoas (72,7%) considerou justos (bons ou regulares) os critérios usados pelo processo seletivo do ProUni. Outros 27,3% afirmaram que a avaliação realizada pelo MEC (Ministério da Educação) é ruim.
Apesar disso, os entrevistados não associam a adoção do ProUni com a isenção de impostos em universidades particulares - condição para que as bolsas sejam oferecidas. Mais de 70% das pessoas consideram que as instituições de ensino não deveriam ter isenção além da que já é dada pelo governo federal.
Apenas 2,5% dos entrevistados acreditam que o ProUni deveria ser extinto ou reduzido. Neste ano, mais de 123 mil bolsas foram oferecidas na primeira etapa do programa. O prazo de cadastro na segunda rodada de inscrições do ProUni terminou na sexta-feira, e neste domingo sai a lista de convocados para as bolsas
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