Apesar da crescente evolução da tecnologia digital dos últimos anos, computadores portáteis, telas sensíveis a toque e internet continuam uma realidade distante da maioria das salas de aula do País. Para os especialistas, as novas ferramentas tecnológicas podem e vão mudar o modo de ensinar no futuro. Com a popularização dos tablets – computadores portáteis sensíveis ao toque –, o Ministério da Educação decidiu, por sua vez, estudar como a ferramenta pode ser aproveitada em sala de aula.
O ministro da Educação, Fernando Haddad, designou um grupo de técnicos do ministério para avaliar como essas novas tecnologias podem se tornar ferramentas didáticas em sala de aula e contribuir para a aprendizagem dos alunos. Até o fim de maio, esses especialistas entregarão um relatório completo sobre o tema nas mãos do ministro. O assunto se tornou mais importante depois do anúncio do investimento chinês na fabricação de tablets no País.
”Estamos vivendo uma revolução e precisamos estar embarcados nelas. Estamos mudando o suporte escrito do papel para o digital. Há um saudosismo em relação ao livro, mas a tendência é o livro desaparecer. O conteúdo, no entanto, não desaparece”, avalia Gilberto Lacerda, especialista em tecnologia da educação da Universidade de Brasília (UnB). Ele reconhece, no entanto, que a revolução que pode ser promovida por esse tipo de tecnologia tardará a chegar às escolas brasileiras, especialmente as públicas.
“É um trabalho árduo, porque a pobreza no País é imensa. Mas é importante que experiências como essas (de colocar essas ferramentas nas salas de aula) aconteçam, para que nossas crianças também estejam neste barco da evolução”, afirma Lacerda. Há dificuldades a serem superadas nas escolas para que esse tipo de iniciativa se torne realidade, como o acesso à internet e a formação de professores.
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