O PDT deverá integrar a chapa majoritária do ministro Geddel Vieira Lima ao governo do estado. O anúncio foi feito pelo presidente da legenda na Bahia, deputado federal Severiano Alves. “Estou conversando diretamente com o ministro e existe uma proposta concreta de participação do PDT na majoritária dos peemedebistas para 2010. A vaga pode ser para o Senado ou como vice de Geddel”, afirmou.
A declaração do pedetista veio logo após mais uma tentativa frustrada do secretário estadual de Relações Institucionais, Rui Costa, tentar integrar o PDT na base do governo Wagner. Na terça-feira, Costa e o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (sem partido), encontraram-se com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “O ministro transferiu para mim a responsabilidade de negociar, mas as imposições que eles apresentaram colocaram fim à negociação. Hoje não há nenhuma possibilidade de o PDT aceitar qualquer cargo do PT”, afirmou.
Já no caso do PMDB, ressaltou Alves, as propostas são mais concretas para seu partido. O próprio ministro Geddel confirma a informação. “Estou conversando com o PDT e seria muito bom ter o partido na chapa”.
Costa ofereceu como moeda de troca ao PDT a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fabesb) - em uma primeira negociação o governo afirmou que cederia apenas a Secti. Porém, para se apoderar dos órgãos, o PDT teria que atender a outros pedidos do governo. O primeiro seria abrigar o grupo de 11 deputados estaduais, incluindo Marcelo Nilo, que desejam seguir para a base do governo, na legenda. Além disso, o governo queria garantia de que o PDT apoiaria a reeleição de Wagner. “Como poderíamos apoiar o candidato sem conviver diretamente com a administração? A situação do governo também não é boa, as secretarias estão falidas e não poderíamos fazer um bom trabalho”, afirmou. Rui Costa não quis comentar as negociações. (Luana Rocha)
Do jornal Correio, 17 de julho de 2009
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