Os portugueses trouxeram para o Brasil, quando aqui chegaram no século XVI, todos os vícios políticos praticados na velha Coroa. Os governantes, amparados na figura do rei, utilizavam os recursos públicos para manter privilégios, beneficiar amigos e parentes em prejuízo da grande maioria da população. A política era exercida na base da troca de favores.
Essas práticas do Brasil Colônia se consolidaram após a Independência e ficaram mais evidentes com a proclamação da República, quando o voto passou a ter maior valor, e construíram nossa cultura política. Famílias descendentes de ex-traficantes de escravos, de grandes proprietários de terras e comerciantes amparados por uma legislação, construída por eles próprios, antidemocrática e elitista, valiam-se de todos os métodos, pelo dinheiro ou pela força, para se manter no poder.
Até a “revolução de 30”, num país de economia exclusivamente rural, mandavam os coronéis, não raras vezes, escudados em milícias armadas ou nas próprias forças públicas (polícia e exército). O legendário Horácio de Matos é um exemplo disso. Era detentor de forte atuação na região da Chapada Diamantina e possuía grande poder de mando nas primeiras décadas do século XX naquela região. As elites mantinham entre si, um pacto de manter a população excluída, sem educação e dependente de sua influência, porque assim, era fácil manter o modo, cheio de privilégios, de governar. Saiba mais
Texto do dep Colbert Martins
Texto do dep Colbert Martins
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