O fado - Florbela Espanca
Corre a noite, de manso num murmúrio,
Abre a rosa bendita do luar...
Soluçam ais estranhos de guitarra...
Oiço, ao longe, não sei que voz chorar...
Corre a noite, de manso num murmúrio,
Abre a rosa bendita do luar...
Soluçam ais estranhos de guitarra...
Oiço, ao longe, não sei que voz chorar...
Há um repouso imenso em toda a terra,
Parece a própria noite a escutar...
E o canto continua mais profundo
Que uma página sentida de Mozart!
Parece a própria noite a escutar...
E o canto continua mais profundo
Que uma página sentida de Mozart!
É o fado. A canção das violetas:
Almas de tristes, almas de poetas,
Pra quem a vida foi uma agonia!
Almas de tristes, almas de poetas,
Pra quem a vida foi uma agonia!
Minha doce canção dos deserdados,
Meu fado que alivias desgraçados,
Bendito sejas tu! Ave Maria!...
Meu fado que alivias desgraçados,
Bendito sejas tu! Ave Maria!...
Florbela D'Alma da Conceição Espanca nasceu no dia 8 de dezembro em 1894 em Vila Viçosa (Alentejo). Demorou para ser reconhecida como boa poeta. Com uma vida bastante confusa, sobretudo nos casamentos, teve apenas dois livros publicados em vida, Livro de Mágoas e Livro de Sóror Saudade. Florbela de suicidou no dia 8 de dezembro de 1930 em Matosinhos
2 comentários:
Florbela é que háa!
Vale a pena conhecer um pouco de sua história e o que há por traz de sua obraa!
Florbela Espanca
uma das mais grandes poetas.
portuguesas.
Postar um comentário