Por ROBERTO VIEIRA
No dia em que Senna completaria 50 anos.
A gente fica pensando na falta que os Sennas nos fazem.
Porque não houve apenas um Ayrton Senna.
Sennas foram muitos.
Senna foi o herdeiro de Landi.
Landi que dirigiu sua Equipe Bandeirantes pela Europa.
Com carros amarelos e rodas verdes.
Como Senna dirigia a bandeira nacional.
Senna foi o herdeiro de Fittipaldi nas batalhas com Prost.
Batalhas que lembraram o duelo Fittipaldi x Stewart.
- Claro que com menos cavalheirismo.
Senna também foi o herdeiro de Nelson Piquet.
Por mais que isso o contrariasse.
Piquet que se consagrou com uma Brabham.
Escuderia de Jack Brabham.
Piloto que dominava a F1 quando Senna nasceu.
Ironicamente.
Senna também foi o herdeiro de Juan Manuel Fangio.
Um hermano que tinha tudo de Senna.
Inclusive a sede insaciável pela vitória.
Mortalmente.
Senna foi até Jim Clark.
O genial escocês que morreu numa curva da estrada.
Mesmo com todas essas comparações, no entanto.
A lembrança de Senna fica incompleta.
Pois Senna foi maior que a soma de todos os gênios.
Pois Senna a gente só pode definir na infância do homem.
No menino gauche que dirigia jipes e karts pela escola.
No menino que pilotando fazia sonhar.
Mais que um piloto.
Ayrton Senna da Silva foi um menino que sabia voar…
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