07/05/2010

João Durval defende redução de jornada de trabalho para 40 horas

O senador baiano João Durval (PDT) defendeu nesta quinta-feira, 6, a redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas. O assunto foi tema de discurso do feirense que subiu à tribuna para fazer uma reflexão a respeito do Dia do Trabalho, comemorado em 1º de maio. Para João Durval a sociedade brasileira chegou a um estágio de maturidade econômica e social que permite discutir e aprovar a redução da jornada.

Integrante do Partido Democrático Trabalhista (PDT), ele lembrou que desde o seu nascimento a agremiação defende a redução da jornada semanal de trabalho.

No discurso ele pediu a aprovação rápida da PEC 231, de autoria dos então deputados e hoje senadores Paulo Paim (PT-RS) e Inácio Arruda (PCdoB-CE), que propõe a redução da jornada e que tramita há 15 anos no Congresso Nacional.

Argumentação

Para reforçar o argumento, João Durval citou o mestre indiano Yogananda, que sempre defendeu uma semana de cinco dias de trabalho. Segundo ele o homem precisa de dois dias de folga, um para descansar e outro para meditar.

Na mesma linha o senador citou o industrial norte-americano Henry Ford, que defendia maior espaço para o lazer dos trabalhadores que, conforme pregava, teriam maior tempo para o consumo. "Onde os povos trabalham mais, por muito tempo e com menos lazer, compram poucos bens", afirmava Henry Ford.

A melhoria na saúde e na qualidade de vida do trabalhador foram defendidas por João Durval como resultado de um maior convívio familiar e mais tempo para o lazer, a cultura e até a política, "fundamentais para o pleno exercício da cidadania".

Para completar a linha de argumentação, João Durval citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Já em 2008 o organismo afirmou oficialmente que "a jornada de 40 horas semanais é o padrão legal predominante no mundo. A maioria dos países industrializados já adota o limite de 40 horas, entre eles Canadá, Japão, Nova Zelândia, Noruega, Estados Unidos e metade dos países da União Europeia".

João Durval citou também depoimento de Dagoberto Lima Godoy, da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) à Comissão Especial da Câmara dos Deputados, ao afirmar que a jornada médias dos trabalhadores no Brasil já é inferior a 44 horas, de cerca de 40,4 horas e que dados do Dieese atestam que o impacto da redução legal seria muito pequeno na economia.

Com informações do Blog Demais.

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