A agonia do DEM para encontrar candidato
O DEM, especialmente o baiano, vivencia o complexo da
borboleta. O processo de transmutação, de metamorfose que teima em não
dar certo para o partido que nasceu na ditadura batizado como Arena para
respaldar o regime dos militares. Na primeira metamorfose, passou a ser
PDS. Não deu certo. Mudou para PFL. Perdeu os grotões e tentou ser
urbano e em nova reforma (de nome) passou a ser Democratas, o DEM, que
atravessa nesta campanha um processo agônico que, possivelmente, o
levará ao encolhimento nacional. Exemplo é o DEM baiano, que reinou
soberano sob a força da corrente carlista e desmoronou quando o chefe
morreu. O partido se dispersou. O ex-governador Paulo Souto sofre para
compor a sua chapa. Precisa de um candidato a senador e não encontra.
Ele é o último nome de peso do partido, juntamente com José Carlos
Aleluia, e diria também ACM Neto, se ele não tivesse perdido a eleição
para a Prefeitura de Salvador. Souto tem ao seu lado o amigo José
Ronaldo, candidato fortíssimo ao Sendo. Falta o segundo. ACM Jr
visivelmente não quer. A estrutura do partido encolheu no interior onde o
que vale é o nome do ex-governador, já que os Magalhães perdem
consistência e, ao que se sabe, não ajudam. Diante da situação, cujo
prazo para definir se encerra amanhã, já pensa até em Gerson “Gabrielli,
que perdeu a última eleição e parece que a sua cesta de votos
desapareceu na desmontagem do apoio do que chamou “nação lojista”,
referindo-se ao CDL que presidiu. Assim, o DEM baiano chegou ao extremo
de não encontrar um nome para o Senado, o que demonstra o
desmantelamento do poderio do partido que reinou na Bahia por longo
tempo, abusando da força ditatorial da corrente que comandava a política
estadual por décadas. É. “Tudo que é sólido (ou imaginava ser)
desmancha-se no ar.”
(Samuel
Celestino)
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