Valor é o maior da história e representa crescimento de 8% em relação a 2009.
Os produtores rurais terão crédito de R$ 100 bilhões para financiamento da próxima safra. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (7) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, durante lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011.
O valor é o maior registrado na história e representa crescimento de 8% em relação ao ano passado. O montante, se somado aos recursos destinados à agricultura familiar, chega a R$ 116 bilhões. O ministro destacou a importância do médio e pequeno produtor.
- O produtor rural médio tem sido o esteio da agricultura brasileira. (...) Já o pequeno produtor, o presidente Lula reconheceu sua importância com a criação do Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar].
Efeito estufa
Dentre as novidades deste ano, está a criação do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), que disponibiliza R$ 2 bilhões para o financiamento de lavouras que reduzam a emissão dos gases de efeito estufa.
- Isso é de grande importância para o mundo. Nós precisamos aumentar a produção de alimentos, mas precisamos fazer isso compatibilizando as exigências que a sociedade faz em relação ao meio ambiente.
O ABC é o programa rural que cobra a menor taxa de juros: 5,5% ao ano. Derli Dossa, chefe da Assessoria da área de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, afirmou que o programa foi criado para atender aos quatro compromissos que a agricultura brasileira assumiu na conferência sobre clima realizada em Copenhage, na Dinamarca, no ano passado.
O primeiro deles é a recuperação de áreas degradadas . A meta do ministério é aumentar a recuperação em 15 milhões de hectares no prazo de dez anos (ciclo 2010/2020). Atualmente, o país conta com 40 milhões de hectares de área recuperada.
O segundo compromisso é aumentar o plantio direto, técnica que, ao fazer a semeadura diretamente na palha da cultura anterior, preserva os nutrientes do solo e aumenta a produtividade da lavoura. Os outros dois compromissos são a integração lavoura-pecuária-floresta e a fixação biológica do nitrogênio, que reduz a quantidade de nitrogênio fóssil no solo.
- Temos que produzir um novo tipo de agricultura que seja tecnicamente viável economicamente e socialmente sustentável e que tenha efeitos ambientais positivos na neutralização da emissão dos gases de efeito estufa - afirmou Dossa.
Para alcançar a meta do ABC, o Ministério da Agricultura pretende capacitar técnicos, produtores e agentes financeiros em todo o país.
Etanol
O setor sucroalcooleiro contará com R$ 2,4 bilhões para financiamento, com uma taxa de juro de 9% ao ano. Edilson Guimarães, secretário de política agrícola, avalia que a nova linha de crédito evitará riscos de desabastecimento de álcool.
- Os recursos vão ajudar a ter uma variação menor do preço do etanol durante todo o ano de maneira que os nossos consumidores de carros flex [que pode usar álcool ou gasolina] possam ficar com o álcool durante grande parte do ano, senão todo o ano.Informações do portal R7.
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