O Mito da Fênix (ou Fénix) remonta ao antigo Egito, sendo depois transmitido para os gregos e outras civilizações. Entre os egípcios, esta ave era conhecida como Bennu, porém ambas eram associadas ao culto do Deus-Sol, chamado Rá no Egito. A Fênix é a ave mitológica de grande porte que merecia o título de animal mais raro da face da Terra, simplesmente por ser a única da sua espécie, pois, de acordo com a lenda, somente poderia existir uma Fênix de cada vez.
Fênix possuiria uma parte da plumagem feita de ouro e a outra colorida de um vermelho incomparável e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Na cultura chinesa, a ave teria na sua plumagem as cinco cores sagradas: roxo, azul, vermelha, branco e dourado. Apesar das divergências quanto às cores de sua plumagem, todos concordam que ela teria uma beleza inigualável, sendo mais bela que o mais belo de todos os pavões reais. A Fênix também é conhecida por sua intensa força, que lhe permite levar consigo fardos de grande peso; segundo alguns contos, seria capaz de transportar inclusive elefantes. Os pesquisadores não chegaram ainda a um consenso sobre a duração da vida da Fênix; uns apontam quinhentos anos; outros garantem um prazo bem maior, aproximadamente 97 mil anos!
Quando a Fênix percebia que sua vida secular estava para chegar ao fim, fazia um ninho com ervas aromáticas, que entrava em combustão ao ser exposto aos raios do Sol. Em seguida, atirava-se às chamas para ser consumida até quase não deixar vestígios. Do pouco que sobrava dos seus restos mortais, renascia uma jovem Fênix idêntica à que havia morrido, a qual juntava as cinzas de seu progenitor num ovo de mirra e, compassivamente, as conduzia ao altar do deus solar, localizado em Heliópolis, cidade egípcia.
Dizem que seu canto era extremamente doce, ganhando tons de intensa tristeza com a proximidade da morte. As lendas afirmam que sua formosura e sua melancolia influenciavam profundamente outros animais, podendo mesmo levá-los à morte.
Os cristãos associam a Fênix, na arte sacra, à ressurreição de Cristo. Para os povos antigos, a Fênix simbolizava o Sol, que ao final de cada tarde se incendeia e morre, renascendo a cada manhã. Neste sentido, os russos acreditavam que ela vivia constantemente em chamas, por isso era conhecida como Pássaro de Fogo. Os egípcios a associavam à estrela Sótis, ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante. Na China, a Fênix virou o símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e da inteligência. E, em todas as mitologias, o significado da lenda da Fênix é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca tem fim.
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