Mudança na cena política

A maré política mudou. O que era agonia e dificuldades para a chapa do DEM, liderada por Paulo Souto, virou sorrisos e alegria a partir de duas decisões que se completaram: ACM Jr. oficializou a sua não-candidatura e José Carlos Aleluia entrou na chapa para tentar ser senador, uma velha aspiração do parlamentar. Já em relação às chapas de Geddel Vieira Lima e a de Jaques Wagner, ambas completas e batizadas nas convenções das duas legendas, receberam um tranco: o TSE decidiu o inesperado. Nem o governador Wagner nem Geddel poderão usar a imagem e a voz de Dilma Rousseff nos seus programas eleitorais.

No que diz respeito a Wagner, o presidente do PT regional considera que ele não será atingido pela decisão.A ironia desta segunda história está na pendenga dos dois palanques, tão discutidos e motivo de divergências que se registram há quase oito meses. Até discussão boba e burocrática sobre a presença de Dilma na convenção de um e de outro candidato deu margem a lengalengas de bastidores. Afora o aspecto político propriamente dito de transferência de votos de Lula e da sua candidata para Geddel e Wagner. O correto, o natural seria exatamente o inverso.De repente, uma consulta do PPS ao Tribunal Superior Eleitoral resultou na resposta que não deve ter agradado aos dois lados.

O veto à participação da candidata Dilma Rousseff em programas eleitorais de partidos que tenham coligações mistas, ou diferentes, nos planos nacional e regionais. Atinge em cheio tanto a coligação de Geddel, que tem seis partidos que apoiam Serra e a mais sofrida, a de Wagner, que perde Dilma porque tem aliançado um pequeno partido, o PSL, que, por sua vez, terá um candidato a presidente da República que vocês, leitores, não sabem o nome e nem eu sabia. Um certo Américo Souza. Confira a íntegra da coluna de Samuel Celestino no jornal A Tarde.

Por Samuel Celestino