29/08/2010

Falta de sono prejudica o trabalho de 48% dos brasileiros

Acordar pela manhã e ter a sensação de não ter dormido o suficiente é mais comum do que se imagina. Uma pesquisa realizada com brasileiros de todas as regiões, idades e classes sociais mostrou que, a cada noite, um terço da população não descansa todas as horas que julga ser necessário. Além disso, os brasileiros têm reclamado que essas noites mal-dormidas afetam sua saúde mental, física e até o desempenho no trabalho.

Realizada pelo instituto Ipsos Public Affairs, a pedido da Philips do Brasil, a pesquisa entrevistou 875 pessoas em todo o país. O resultado mostrou que a privação de sono tende a diminuir com a idade e atinge mais as mulheres do que os homens. Segundo a pesquisa, as mulheres são mais preocupadas com a vida, não conseguem dormir bem em geral e os filhos as deixam acordadas durante a noite.

Um total de 53% dos entrevistados disse ainda que esse problema atinge sua saúde mental e física, e 48% alegou que prejudica seu desempenho no emprego. Na comparação entre as regiões do Brasil e classes sociais, a população do Nordeste e a da classe C são as que registram as melhores noites de sono.

Dormir tarde e acordar cedo é a razão mais apontada, segundo a pesquisa, para as noites mal-dormidas. Em segundo lugar, os entrevistados indicaram as preocupações e o estresse do dia a dia.

Estresse

Cerca de 36% dos brasileiros entrevistados relataram algum nível de estresse, sendo que as mais afetadas são as pessoas entre 16 e 34 anos. Entre as principais causas apontadas estão a perda de emprego e outras questões financeiras.

Com relação aos estresse nos outros países, a pesquisa mostrou que os brasileiros, junto com espanhois, são os menos estressados, com 36% e 35%, respectivamente. Já nos outros países pesquisados esse índice foi maior, sendo 56% na França, 62% na Holanda, 69% na China, 79% nos EUA e 81% da Bélgica.

Satisfação com a saúde

A pesquisa mostrou que, em geral, a população brasileira está satisfeita com a sua saúde, já que 71% dos entrevistados têm uma boa percepção de seu bem-estar. Essa avaliação é maior que a de países como França (68%), Bélgica (70%) e China (34%), e menor que a dos Estados Unidos (74%).
Neste ponto, o índice contrasta com uma recente pesquisa realizada pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em que relatou insastisfação dos brasileiros na área da saúde, sendo a espera pela consulta médica a principal das queixas.Fonte: R7.

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