Foto: Jucilene Martins
Moradores da Avenida Anchieta realizaram uma manifestação na tarde de ontem (25), reivindicando a posse das casas construídas em um conjunto habitacional, prometido por parte do Governo. O conjunto já está pronto, mas ainda não existe uma previsão para a entrega das casas. Os moradores interditaram o viaduto Georgina Erisman, queimaram pneus e exibiram faixas e cartazes como forma de protesto.
De acordo com Lurdes Pereira, moradora da Avenida, o movimento foi desencadeado para chamar a atenção das autoridades competentes. “A intenção é que ninguém tivesse acesso ao viaduto e que isso gerasse um engarrafamento. Queremos que alguém tome uma posição em relação a nossa situação. Não é por que moramos na favela que temos que ser tratados como ninguém”, protestou.
Ainda segundo moradores, no último dia 24, representantes da Conder, empresa responsável pela construção do conjunto habitacional e desapropriação dos moradores, estiveram no local e revelaram que não há previsão para o remanejamento, pois não há verba disponível para dar continuidade ao projeto. “Antes, disseram que a verba já havia sido disponibilizada e que logo seríamos desapropriados.
Agora disseram que não há mais verba, ou seja, gastaram o dinheiro que foi disponibilizado para nossa desapropriação. Estamos em uma situação difícil, porque eles não permitem que a gente reforme nossas casas nem que a gente se mude para o conjunto habitacional”, reclama Lurdes.
MUDANÇA
Há pouco mais de um ano, na inauguração do viaduto Georgina Erisman, foi prometido aos moradores que em fevereiro de 2010 eles seriam desapropriados. Em seguida, a desapropriação foi adiada para agosto. Por conta da demora e da falta de comunicação entre a Conder e os moradores, os residentes da Avenida Anchieta prometem invadir o conjunto habitacional para onde eles seriam relocados, que já se encontra pronto, mas abandonado e, por isso, alvo da ação de vândalos. “Nós vamos invadir. Não podemos admitir uma situação como essa.
As casas lá no conjunto já estão prontas e não podemos nos mudar. Eles também não dão uma satisfação, nem previsão. Se dentro de um mês eles não tomarem uma posição, o jeito vai ser invadir”, promete a moradora Jaciara de Jesus.
A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros estiveram no local. Durante a manifestação, os moradores impediram a passagem de todos os veículos, obrigando os condutores a trafegarem na contramão ou por cima do canteiro central da Avenida João Durval Carneiro. O tráfego ficou lento e congestionado.Informações do Folha do Estado.
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