Uma batalha.
Uma verdadeira batalha o jogo do Beira-Rio.
O Inter simplesmente não deixou o Corinthians jogar durante todo o
primeiro tempo, até que Tinga, por ironia, o pivô do pênalti não marcado
em 2005, fez, aos 29, o gol colorado em bola perfeita de D’Alessandro.
Tinga se machucou no lance e deu lugar para Edu.
Aí, a partir dos 30 minutos, o Corinthians, passou a jogar.
Uma vez, no primeiro chute a gol, Jorge Henrique exigiu boa defesa de
Renan e, em seguida, em cobrança de falta inexistente, Bruno César
mandou no travessão gaúcho.
O segundo tempo foi muito melhor.
Com Guiñazu parecendo cinco, o Inter criava chances para ampliar, mas o alvinegro ameaçava empatar.
Até que empatou.
Empatou com Jorge Henrique em passe de Jucilei, aos 19.
Era, digamos assim, àquela altura, um empate de campeão.
Que quase virou virada quando Edu, que substituira Roberto Carlos, deu para Bruno César acertar outra vez o travessão.
O jogo ficou franc0, com qualquer um dos dois podendo desempatar.
Mas foi Alecsandro, em seu primeiro lance depois de entrar no lugar
de Leandro Damião, quem fez o gol, porque quem tem estrela tem tudo.
E quase fez mais um um minuto depois, impedido por Júlio César em grande defesa.
O Corinthians perdia a liderança para o Fluminense e o Inter voltava à luta pelo tetra.
Mas, aos 43, Nei meteu a mão na bola na linha fatal em cabeçada de Paulo André e foi expulso.
Bruno César empatou 2 a 2 aos 45 e ninguém pode dizer que não tenha sido justo.
Não devolvia a liderança, mas mantinha a confiança de um time perto do pentacampeonato.
Mas Paulo André também foi expulso ao fazer falta em Alecsandro, aos 46.
E Andrezinho, que entrara no lugar de Giuliano, bateu a falta, a bola desviou na barreira, bateu na trave e entrou: 3 a 2.
Fim de jogo, corações disparados.
Uma vitória memorável do Inter que enlouquece o campeonato.
Porque o Flu ganhou no Barradão do Vitória por 2 a 1, comandado por
Conca, autor do primeiro gol, de pênalti, já no segundo tempo, e do
passe para Rodriguinho fazer 2 a 1, em seguida ao empate baiano, por
Henrique.
Foi também um jogo com chances para os dois lados, sob um calor
infernal, mas com o Flu mais senhor de si, sabendo mais o que queria.
E obtendo o que queria: a liderança volta às Laranjeiras.
Por Juca Kfouri
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