Enquanto humoristas de todo o país lutam pelo direito de fazer humor durante o processo eletivo, a campanha de Jaques Wagner vai na contramão da sociedade e quer censurar uma bem humorada peça publicitária do candidato Geddel Vieira Lima, da coligação A Bahia Tem Pressa. O atual governador se sentiu ofendido pela divertida vinheta “Sai pra lá com essa preguiça”, que vem sendo veiculada no horário gratuito de TV, com grande aceitação do público, e pediu ao TRE que proíba a peça.
Pela lei eleitoral, a suspensão de uma propaganda e o direito de resposta são concedidos quando há ofensa pessoal. Mas, embora use a palavra “preguiça”, a vinheta não faz referência a Jaques Wagner. “Não há ofensa à pessoa do governador, mas sim uma crítica à lentidão da administração do Estado, que atrasa o desenvolvimento da Bahia. Cercear isso é retirar do debate o que há de mais salutar: o embate crítico entre os candidatos”, afirma o advogado do PMDB, Manoel Nunes. Esse foi o argumento usado pela equipe de Geddel na defesa apresentada na quarta-feira (1º) contra a representação governista.
O motivo da irritação de Wagner dura pouco mais de 15 segundos. Na peça, colocada no ar pela primeira vez em julho, fantoches coloridos cantam versos sobre falhas da atual administração, finalizando sempre com o bordão “Sai pra lá com essa preguiça/ bota ela pra correr/ chega desse lero-lero/ quero ver acontecer”.
Criador do jingle, o coordenador de marketing da campanha de Geddel, Maurício Carvalho, afirma, bem humorado, que, se o governador se ofendeu, é porque “veste a carapuça” e acrescentou que a postura de Wagner é de censura à crítica e ao bom humor.
“Uma ação não faz sucesso quando não há ressonância na mente do espectador. Se o eleitor gosta e canta, é porque se identifica. Sempre trabalhei com bom humor. O chato não consegue conquistar a atenção das pessoas”, disse Carvalho.
A representação contra a peça peemedebista ocorre justamente quando o país se mobiliza pelo uso do humor nas campanhas. No dia 22 de agosto alguns dos principais humoristas do Brasil fizeram um protesto nas ruas do Rio de Janeiro contra a censura imposta pela legislação eleitoral, estabelecendo multas de até R$ 106 mil para quem usar a piada como crítica aos candidatos. Na marcha, milhares de pessoas seguiram artistas de programas como Casseta & Planeta, CQC e Pânico na TV. “Enquanto a classe humorística do País está brigando para fazer seu trabalho, Wagner vai na contramão da história e da sociedade”, pondera Nunes.Informações da Assessoria de Imprensa do PMDB da Bahia.
3 comentários:
Haha.. Será algum resquício ditatorial que está emergindo no governador. Não a censura Wagner!
Governador? Ta perdendo o juízo é? Vestiu a carapuça?? Não é mensionado o sua pessoa no vídeo. Hahaha.. ficou engraçada sua situação aora!! hahaha
Se entregou governador, e fez pior pedindo pra tirarem do ar, primeiro pela censura, segundo pela divulgação extra que o senhor fez. várias mídias nacionais publicaram a natícia.
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