Sondado por petistas e tucanos sobre o candidato presidencial que apoiará no segundo turno, o senador César Borges (PR), que perdeu a reeleição, deve usar novos intermediários para tratar de seu rumo político a partir de agora.
De acordo com políticos próximos a Borges, ele não aceitará como interlocutores nem o deputado federal ACM Neto (DEM), que apóia o tucano José Serra, nem o governador Jaques Wagner, do PT, ligado à presidenciável petista Dilma Roussef.
A postura revelaria um estremecimento com o democrata, que, nos últimos dias, recuou ante a estratégia de pregar o voto útil em Borges, depois de uma reação irada do candidato a senador do DEM José Carlos Aleluia.
Quanto ao governador baiano, Borges também não veria mais a possibilidade de conversar com ele para tratar de um eventual apoio a Dilma, depois de declaração atribuída ao jornal A Tarde à primeira-dama Fátima Mendonça sobre a eleição.
Segundo o jornal, Mendonça teria dito, no Palácio de Ondina, que a casa do senador “caiu”, numa referência à derrota de Borges, que escolheu a mulher, Tércia, ex-primeira-dama do Estado, como sua suplente.
Como a nota não foi desmentida, o grupo do senador tomou o pronunciamento como verdadeiro. No lado tucano, Borges teria escolhido o presidente estadual do PSDB, Antonio Imbassahy, eleito deputado federal, como interlocutor.
Para conversar com o PT, o republicano deve usar suas prerrogativas de senador, que lhe conferem livre trânsito nos principais gabinetes brasilienses, para discutir eventual apoio a Dilma no segundo turno.
Tanto o senador quanto o candidato do PMDB a governador, Geddel Vieira Lima, teriam ficado magoados com o fato de terem sido esquecidos no primeiro turno por Dilma.
Descumprindo acordo, a petista desconsiderou a candidatura de Geddel, referindo-se à sua baixa performance nas pesquisas, e apoiou apenas Wagner e os candidatos ao Senado Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT), que foram eleitos.Política Livre.
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