13/10/2010

Bancários se reúnem e podem encerrar greve hoje

A greve dos bancários pode terminar nesta quarta-feira (13), quando a categoria se reúne em assembleias por todo o país para decidir se mantém ou suspende a paralisação que já dura 15 dias. Na segunda-feira (11), a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) ofereceu um reajuste de 7,5% para os funcionários, além da valorização dos pisos salariais e maior participação nos lucros das empresas.

A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), que é ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores), defende a aceitação das novas propostas. Se os bancários aprovarem as condições oferecidas pela Fenaban, a greve se encerra e os bancos voltam a funcionar normalmente nesta quinta-feira (14).

A Fenaban ofereceu o reajuste de 7,5% para quem ganha até R$ 5.250 – medida que afeta 85% dos bancários. Quem ganha mais do que isso vai receber um adicional fixo de R$ 393,75, ou a correção de 4,29%, índice que corresponde à inflação do período – cerca de 5% dos bancários se encaixam nessa faixa. Neste caso, valerá o maior valor.

Em relação ao piso salarial, o escriturário passará a ganhar R$ 1.250 – alta de 11,54% em relação ao valor atual. O caixa, incluindo a gratificação e outras verbas, passará a receber R$ 1.709 - um aumento de 13,82%.

O presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, Carlos Cordeiro, disse que a paralisação dos bancários foi decisiva para a conquista do aumento dos salários e as melhores condições de trabalho.

- Com a unidade nacional da categoria e a força da maior greve dos últimos 20 anos, que chegou a paralisar 8.280 agências de bancos públicos e privados, os bancários quebraram a intransigência dos banqueiros e arrancaram reajuste de 7,5%, o que garante aumento real de 3,08%, valorização dos pisos de até 16,33% e melhoria na PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

O Brasil tem cerca de 19,5 mil unidades bancárias, segundo o site do Banco Central. Portanto, a greve, no seu ápice, atingiu 42,3% das agências do país, segundo o dado divulgado pela Contraf-CUT. A Fenaban não mencionou, em nenhum momento da paralisação, a quantidade de agências afetadas pela greve.

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