A candidata Dilma Rousseff disse hoje que repudia terminantemente acusações sem provas, feitas na véspera das eleições, contra ela e sua campanha. A mais recente tentativa foi divulgada pela revista Veja, que publicou um susposto diálogo de um secretário do Ministério da Justiça, que teria falado de pressões para produção de informações contra os adversários do governo Lula.
“Eu nego terminantemente esse tipo de conversa na véspera da eleição. Gostaria muito que houvesse da parte de quem acusou a comprovação. É muito fácil vir na última semana da eleição e fazer acusação desse tipo sem nenhuma prova. Eu acho extremamente grave utilizar desses métodos na reta final. Repudio esse tipo de acusação absolutamente sem prova à minha pessoa”, disse.
Dilma fez questão de deixar clara que os adversários acusam sem provas sua campanha pela elaboração de dossiês e quebra de sigilos fiscais. Mas, segundo ela, o caso do jornalista Amaury Ribeiro Jr aponta, na verdade, para uma guerra interna na campanha do PSDB, entre José Serra e Aécio Neves. A Polícia Federal já afirmou que não há vínculo da campanha de Dilma com essa disputa.
“O único vínculo mesmo [dessas acusações] é um processo de quebra de sigilo ocorrido entre setembro e outubro [de 2009] quando não tinha campanha e nem pré-campanha. O depoimento do Amaury aponta um conflito dentro da campanha dos tucanos como origem desse documento [o suposto dossiê]. Querer transportar para mim essa responsabilidade é muito sério. Saiu publicado, no auge do tema quebra de sigilo, uma declaração do editor do Estado de Minas, dizendo o seguinte: ´de fato tivemos um processo de uma reportagem investigativa e se investigou´. Se é [uma briga entre Aécio e Serra] eu não sei. Não cabe a mim investigar isso”, explicou Dilma, hoje em Carapicuíba (SP).
Paz
Diante dessa clima de acusações, Dilma pediu novamente à militância de façam campanha sem violência e que usem o amor e a tolerância ao pedir votos.
“Faço um apelo para que gente crie mais esse ambiente de confraternização com o eleitor, mais do que esse ambiente que cria desavenças, episódios desagradáveis. Espero que daqui para frente a gente não tenha clima de ódio, ou clima que desperte aquilo que não é adequado quando se trata da cultura do povo brasileiro. Não é adequado instigar desavença, criar a calunia. É muito possível um ambiente de paz”, disse.
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