29/11/2010

Ricardo Teixeira é acusado de ‘corrupção’ no exterior

A três dias de anunciar as sedes das Copas do Mundo de 2018 e de 2022, a Fifa é sacudida por um escândalo.

Presidente da CBF e membro do Comitê Executivo da Fifa, o brasileiro Ricardo Teixeira encontra-se no epicentro da encrenca.

Acusam-no de ter recebido propina de uma empresa de marketing esportivo chamada ISMM/ISL 

Veiculada pelo jornal suíço ‘Tages-Anzeiger’, a notícia foi ecoada pela TV britânica BBC.

De acordo com a denúncia, além de Teixeira, foram beneficiários de subornos outros dois dirigentes:

Os presidentes da Confederação Africana de Futebol, Issa Hayatou; e da Confederação Sul-Americana de Futebol, o paraguaio Nicolás Leoz.

Entre 1989 e 1999, a logomarca ISMM/ISL usufruiu dos direitos exclusivos da Copa do Mundo.

Entre outros benefícios, a excluvidade rendeu à empresa milionários contratos de transmissão televisiva dos jogos.

Em 2001, a empresa foi à breca em meio a denúncias de que os contratos foram untadeos com o pagamento de propinas.   

Ao esquadrinhar os malfeitos, a Procuradoria da Suíça chegou a um documento confidencial.

A peça contém uma listagem de 175 pagamentos. Coisa de US$ 100 milhões. Em reais: cerca de R$ 172 milhões.

Em entrevista ao programa 'Panorama', da BBC, um ex-dirigente da ISMM/ISL, Roland Buechel, corroborou as suspeitas.

A lista de pagamentos sujos inclui uma companhia sediada no paraíso fiscal de Liechtenstein.

Chama-se Sanud. Recebeu 21 pagamentos. Somados, totalizam US$ 9,5 milhões. Ou R$ 16 milhões.

A BBC recorda: “[Ricardo] Teixeira era fortemente ligado à mesma [Sanud], conforme CPI [feita] no Senado brasileiro mostrou”.

Procurado, Ricardo Teixeira não quis comentar as acusações. A Fifa tampouco se pronunciou.

Nenhum comentário: