Morreu por volta das 8h desta sexta-feira (24) em São Paulo o
ex-governador do Estado Orestes Quércia (PMDB), aos 72 anos. Ele
permanecia internado desde 18 de novembro no Hospital Sírio-Libanês,
onde passava por sessões de quimioterapia para tratar de um câncer de
próstata.
Quércia será velado no Palácio dos Bandeirantes, mas ainda não há informações sobre horário, de acordo com sua assessoria.
Ele ficou internado no mesmo hospital por mais de um mês, entre o dia 1º
de setembro e o dia 6 de outubro, quando foi constatada a volta do
tumor, tratado há mais de dez anos.
Na última quinta-feira (23), o estado de saúde de Quércia era
considerado crítico, de acordo com a assessoria de imprensa do hospital.
Devido ao tratamento, Quércia deixou a disputa pelo Senado – ele era
candidato pela coligação de Geraldo Alckmin (PSDB), eleito governador do
Estado. Com a desistência, o ex-governador apoiou o tucano Aloysio
Nunes, que foi eleito para uma das vagas ao Senado por São Paulo.
Biografia
Nascido em Pedregulho (SP), em 1938, Orestes Quércia iniciou a
carreira política em 1962, ao ser eleito vereador em Campinas, no
interior paulista, pelo extinto Partido Libertador. Com a ditadura
militar e o fim da liberdade partidária, Quércia migrou para o MBD
(Movimento Democrático Brasileiro), partido que mais tarde ajudou a
transformar no atual PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro).
Pelo MDB, foi eleito deputado estadual em 1966 e prefeito de Campinas
em 1968. Quércia fortaleceu o partido no interior de São Paulo como
principal oposição legal à ditadura e, em 1974, foi eleito senador pelo
Estado.
Em 1980, com a abertura do regime militar e a volta do
pluripartidarismo, Quércia foi eleito vice-governador pelo PMDB, na
chapa pura de Franco Montoro, e foi eleito governador em 1986. O
peemedebista foi favorável à campanha pelas Diretas Já e, em 1985,
apoiou a candidatura vitoriosa de Tancredo Neves à Presidência.
Desde que deixou o governo paulista em 1991, Quércia não conseguiu
mais se eleger, apesar de ter concorrido diversas vezes. Tentou a
Presidência, em 1994, o governo estadual, em 1998 e 2006, e disputou o
Senado, em 2002. Este ano, abandonou no meio a campanha para senador por
São Paulo devido a um câncer de próstata. Quércia apoiou Aloysio Nunes,
o que garantiu a vitória ao tucano, antes atrás nas pesquisas.
Quércia deixa mulher e quatro filhos. Informações do Portal R7
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