Do R7
Aos poucos, técnico que quase levou Corinthians ao título vai moldando elenco ao seu estilo
Apesar de ter feito um excepcional trabalho no Parque São Jorge, levando
o Corinthians de volta à elite nacional em 2008 e conquistando no ano
seguinte os títulos da Copa do Brasil e do Campeonato Paulista, Mano
Menezes, hoje no comando da seleção brasileira, tem tudo para ser
esquecido no Alvinegro em 2011. Culpa de Tite.
Gaúcho como Mano, Tite chegou sem alarde ao Timão nas oito rodadas
finais do último Campeonato Brasileiro e, em pouco tempo, mostrou que
sabe exatamente o que quer ter em mãos para trabalhar durante uma
temporada inteira.
Depois de consertar o que seu antecessor, Adilson Batista, deixou
bagunçado, com o afastamento do zagueiro Thiago Heleno e a recolocação
de Elias e Bruno César em suas reais funções, Tite, agora, quer apagar
os poucos traços defeituosos que a gestão Mano Menezes “plantou” no
Parque São Jorge.
Terminado o Campeonato Brasileiro, o primeiro a ser limado por Tite foi o
inoperante Souza. Artilheiro do Nacional de 2006 pelo Goiás e
empresariado por Carlos Leite, amigo particular de Mano, Souza
desembarcou no Parque São Jorge com salários de R$ 175 mil mensais e
status de goleador, mas não vingou.
Após apresentar um rendimento pífio e escasso em gols, o jogador foi
perseguido pela torcida e resguardado por Mano, mas, antes mesmo da
virada do ano, recebeu a benção de Tite para partir para o Bahia, onde
tentará reencontrar o faro de artilheiro em 2011.
Outro que prometia, mas não vingou e já se mandou do elenco corintiano
foi o argentino Matías Defederico. Contratado por R$ 8 milhões junto ao
Huracán, o argentino chegou com a expectativa de ser o novo Messi, mas,
em pouco tempo, provou que o Timão comprou gato por lebre.
Sem mostrar potencial para ser o armador ou o atacante que a equipe
precisava, Defederico passou mais tempo no Twitter do que nos campos e,
como resultado, foi emprestado ao Independiente-ARG, para “ganhar
experiência”, segundo a nova direção de futebol do clube, encabeçada por
Roberto de Andrade.
Batizado de “Senhor Libertadores” por sua boa passagem pelo
Internacional em 2006, quando sagrou-se campeão da competição, o
atacante Iarley foi outro a ser indicado por Mano Menezes e
decepcionar.
Apesar de ter marcado alguns gols importantes, o jogador ficou longe de
ser um companheiro à altura para Ronaldo e Dentinho. Agora, em 2011,
voltará às suas origens no Ceará, clube no qual tentou a sorte quando
ainda era juvenil.
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