epois de um ano inteiro se dedicando aos estudos, os candidatos podem
se ver diante de um (bom) problema: ter de escolher entre mais de uma
faculdade. A decisão pode ser mais difícil ainda quando o estudante tem
de optar entre duas (ou mais) particulares.
Para Yvette Piha Lehman, coordenadora do serviço de orientação
profissional da USP, o processo de escolha deve ser feito com um
questionamento em mente: "Qual escola me dá condição de ser um
profissional melhor?".
Para tentar responder a essa pergunta, Selena Maria Greca, psicóloga
especialista em orientação vocacional e parceira do Portal Educacional,
ressalta a importância da família nesse momento e enumera variáveis que o
aluno deve considerar sobre a qualidade do ensino.
Entre elas estão as avaliações federais sobre o curso e a instituição, a
relação da escola com o mercado de trabalho, a qualificação do corpo
docente, as instalações físicas, as possibilidades de estágio e, é
claro, o preço.
Quando o assunto é preço, Cristina Helena de Mello, professora de
economia da PUC-SP, lembra que educação é um investimento. Por isso, sua
sugestão é que o estudante invista em uma boa faculdade particular,
mesmo que não tenha condições de pagar integralmente a mensalidade.
Segundo Cristina Helena, uma saída é completar o valor da mensalidade
com uma bolsa de estudos. Por exemplo, se o aluno só pode pagar R$ 300, é
melhor ele procurar uma faculdade de R$ 600 e tentar R$ 300 de bolsa.
CENSO
De acordo com o censo da educação superior divulgado na semana passada,
das 2.314 instituições do país, 2.069 são privadas. Só nas particulares,
há quase 20 mil cursos à disposição.
Diante de tanta oportunidade, os vestibulandos podem se sentir perdidos.
Rafael de Camargo, 18, sabe bem o que é isso. Aprovado no curso de
economia da FGV (Fundação Getulio Vargas) e do Insper (antigo Ibmec-SP),
ainda não sabe qual deles escolher.
Mas Rafael pretende fazer sua opção do mesmo jeito que escolheu seu
curso: pesquisando. Até se decidir por economia, ele buscou informações
sobre as universidades mais conceituadas, comparou as grades
curriculares e a infraestrutura.
"Tem que fazer um investimento, pesquisar. Cheguei a cursar um semestre
de economia em outra universidade só pra saber se tinha escolhido [o
curso] certo."
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