Em um único dia, disse a Apple, as encomendas de
pré-venda do iPhone 4, nova versão do mais popular celular do mundo, já
chegaram a 600 mil. O número é exorbitante, não dá para negar, ainda
mais em se tratando de um aparelho lançado pouco tempo depois do
antecessor, o iPhone 3Gs. Quer dizer, o que é tempo demais ou tempo de
menos neste mercado tão maluco? Exatamente um ano atrás o mundo babava
pelo iPhone 3GS, que trazia como diferenciais, em relação ao seu
antecessor (iPhone 3G), uma maior velocidade, uma câmera com melhor
resolução (3 megapixels, mas ainda fraquinha) e uma simpática bússola,
que a princípio pode ser usada para localização pessoal, mas que no
final das contas acaba se tornando um belo enfeite no desktop do
aparelho.
O novo dispositivo da Apple ainda nem chegou às lojas (não enquanto
escrevo esta coluna), o que se dará apenas em alguns poucos países, por
preços a partir de US$ 199 (16GB), mas os aficionados pela Apple
simplesmente não querem esperar. Os motivos de tanto desespero? O iPhone
geração 4 tem tudo para seduzir até àqueles que estão plenamente
satisfeitos com os seus iPhone 3Gs (caso desta colunista que vos
escreve). Para começo de conversa, o iPhone 4 é 24% mais fino que o 3Gs,
cujo tamanho nada tem de incômodo.
A nova versão também traz todos os remendos que se faziam
necessários desde o lançamento da primeira versão do iPhone: agora, o
celular da Apple tem câmera de vídeo, câmera de foto frontal para
videoconferência – a câmera frontal permitirá chamadas em vídeo, por
meio de um aplicativo batizado de FaceTime – e só para dar um charme a
mais, o aparelho, que vem nas cores preto e branco como seus
antecessores, virá revestido de vidro na parte frontal e na traseira. A
câmera de foto pula dos três megapixels de hoje para cinco megapixels,
um salto grande, mas se há qualidade só vai dar para dizer depois dos
testes. A gravação de vídeo, diz a Apple, é em alta resolução, com 720
linhas progressivas capturadas em 30 quadros por segundo.
A tela do novo produto usa uma tecnologia chamada “Retina Display”,
que terá resolução de 326 pixels por polegada, contra 163 pixels das
telas usadas pelos três modelos anteriores – iPhone primeira geração,
iPhone 3G e iPhone 3GS. O tamanho do display, no entanto, permanece
igual. Outra novidade é que o aparelho traz como software para buscas,
além do Google, o Bing, da Microsoft.
Parece que houve uma boa melhoria na bateria: diz a Apple que o
iPhone 4 tem autonomia de energia 40% superior à geração anterior – o
iPhone 3Gs, para quem conhece, tem bateria muito fraca, principalmente
considerando-se o uso para acesso à internet e redes sociais como
Facebook e Twitter, dentre outras. Por isso, aí vão algumas dicas para
economizar energia: vale à pena manter desabilitadas as funções de
localização, Bluetooth e push (para e-mail, redes sociais e
aplicativos). A boa notícia é que a coisa melhora na quarta versão: a
duração da bateria do iPhone 4 é de até sete horas de conversa
ininterrupta, contra cinco horas da antiga geração do aparelho.
Cá entre nós: alguém ainda duvidava que o iPhone 4 seria um grande
sucesso, mesmo com o lançamento do iPad (do qual já falamos aqui)? Pois a
quarta geração do iPhone também é uma espécie de leitor de livros
digitais, já que traz uma função de “library”. Ou seja, parece que com o
novo iPhone e o novo iPhone OS 4 a Apple enfim lançou um aparelho
“quase” completo. Quase porque o Bluetooth full e o rádio, dentre outras
aplicações, foram deixados de lado. De novo. Não dava mesmo para ser
perfeito, não é?
Novidades do iPhone 4 que podem dar o que falar:
Videoconferência: sim, é uma função que muitos outros smartphones já
ofereciam há tempos e que demorou um bocado a chegar ao iPhone. O
diferencial? O novo iPhone traz uma câmera frontal capaz de fazer
chamadas de vídeo via Wi-Fi através de um serviço chamado Face Time. Por
ser via Wi-Fi, as chamadas são gratuitas – não usam os planos de dados
das operadoras, um alívio e tanto e uma notícia que pode fazer com que a
videochamada, um serviço ainda muito caro, enfim decole. Além disso,
quem viu a apresentação do aparelho feita pelo mago Steve Jobs percebeu
que há um diferencial que vai além da câmera e chega ao software – você
pode ver a pessoa e você mesmo na incrível tela.
Câmera para captura de vídeo: a nova geração do iPhone é capaz de
filmar em alta definição (HD) e fazer edição de vídeos dentro do próprio
aparelho, por meio do aplicativo iMovie.
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