O presidente da Fifa, Joseph Blatter, alertou nesta segunda-feira para a lentidão dos trabalhos do Brasil para a realização da Copa do Mundo de 2014. Segundo o dirigente, a três anos do Mundial, os brasileiros estão piores do que os sul-africanos, que receberam o torneio no ano passado.
“O Brasil está atrasado em relação à África do Sul neste mesmo período. Faltam três anos para o Mundial e dois para a Copa das Confederações e, em 2007, os sul-africanos estavam mais adiantados do que os brasileiros estão agora”, reforçou Blatter.
Ainda de acordo com o mandatário da entidade máxima do futebol, o ritmo lento ou até a ausência de obras pode comprometer a realização de partidas da Copa das Confederações em algumas cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, apontadas previamente como palcos da abertura e da final do Mundial, respectivamente.
“É necessário acelerar os preparativos, pois a Copa do Mundo será amanhã, e os brasileiros estão pensando que será depois de amanhã”, criticou o presidente da Fifa que, no entanto, reiterou a posição de não reduzir o número de cidades-sede, atualmente 12.
Em relação aos estádios que serão utilizados, os maiores problemas estão em São Paulo e Natal. Na capital paulista, após longo imbróglio político, a futura arena do Corinthians foi escolhida como palco da abertura, apesar de o clube ainda não ter iniciado as obras, fato que deve acontecer até o mês que vêm.
Já os potiguares, por sua vez, se viram com problemas no edital de licitação para a construção da Arena das Dunas e, após nenhuma empresa manifestar interesse no projeto, tiveram de refazer a proposta, atrasando assim todo o processo. Assim como em São Paulo, o Rio Grande do Norte segue com a sua arena apenas no papel.
Outro problema, no entanto, está nas obras de infraestrutura das cidades-sede, principalmente nos aeroportos que atenderão a grande demanda do evento. Frequentemente esse setor é apontado como o grande gargalo na organização do Mundial e o governo federal se apressa para tentar aumentar a capacidade dos terminais e, assim, tentar evitar um apagão aéreo durante o principal evento de futebol do mundo.
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