10/04/2011

Segurança nas escolas volta ao foco do debate


O massacre ocorrido na quinta-feira em escola municipal do Rio acendeu o debate sobre o sistema de segurança em instituições de ensino. Países que já sofreram com ataques semelhantes, como Estados Unidos (EUA) e Alemanha, adotaram medidas preventivas: treinamento policial específico e detectores de metal. No Brasil, especialistas defendem reforço na segurança e uma nova campanha de desarmamento da população.

País que acumula o maior número de massacres em escolas, os Estados Unidos contam com detectores de metal e aparelhos de raio-X em algumas instituições. Um ano depois da tragédia de Columbine (1999), quando dois estudantes se suicidaram depois de matar outros 13 alunos de uma escola de Ensino Médio do Colorado, a Swat (unidade de armas e táticas especiais da polícia dos EUA) criou o curso ‘Atirador Ativo’ para minimizar a ação de psicopatas.

“O curso inclui técnicas e táticas para unidades policiais próximas dos colégios, para facilitar a chegada ao local. O treinamento estimula o raciocínio rápido e aplicação de diversos conhecimentos para evitar vítimas”, explica Marcos do Val, instrutor da Swat que participou do curso, hoje disseminado nos EUA.

“Além dos policiais, vigilantes e porteiros de locais públicos fazem o treinamento. Professores também são orientados a trancar portas, botar barricadas e colocar alunos deitados no chão em situações de perigo”.
O instrutor negocia a realização do curso no Brasil nos próximos meses. “Queremos trazer os instrutores para passar os conhecimento aqui até o meio do ano”, afirma do Val.

Na Alemanha, onde 12 pessoas foram mortas por um estudante em massacre de 2009, leis de porte de armas ficaram mais rígidas e as escolas implantaram sistemas especiais de fechaduras nas salas, que impedem entrada e saída durante as aulas, além de alarmes acionados em caso de perigo. França e Finlândia também contam com mecanismos de segurança para evitar atos de violência dentro das escolas.

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