02/04/2011

Setor imobiliário quer ultrapassar a marca de 15 mil unidades vendidas em 2010

Este ano promete para o setor imobiliário baiano. A Caixa Econômica Federal, que é responsável por cerca de 80% dos empréstimos imobiliários no país, anunciou que pretende aumentar o volume de crédito habitacional em pelo menos 30%, comparado com 2010. No ano passado, foram financiados 74.898 contratos no estado, totalizando R$ 3,97 bilhões. Esse resultado representou um aumento de 213% em relação a 2009.

O diretor de Habitação da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA), José Azevedo, diz que o mercado baiano está recuperando sua posição no ranking nacional. “Na década de 80, o estado ocupava o segundo lugar em volume de vendas. Mas, efeitos diversos, a exemplo da falta de verticalização, fizeram com que ele descesse para a oitava posição”. Segundo ele, o cenário baiano começou a aquecer outra vez em 2007, com a chegada de grandes construtoras, como a Cyrela, a Rossi e a MRV.

Em 2010, segundo dados da Caixa, a Bahia ficou na quinta posição no volume de crédito habitacional investido, ficando atrás de São Paulo (R$ 19,63 bilhões), Minas Gerais (R$ 8,53 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 6,41 bilhões) e Paraná (R$ 4,82 bilhões). Tendo como referência o número de contratos de financiamento, o estado ocupa a quarta posição, com 74.898, ficando atrás apenas de São Paulo (256 mil), Minas Gerais (187 mil) e Rio de Janeiro (81 mil).

Para Azevedo, existem três justificativas para esse desempenho: atrativos naturais, como belas praias; alto déficit habitacional, na qual só Salvador tem 15 mil unidades; e um plano diretor mais desenvolvido. “Em Lauro de Freitas, por exemplo, só podia construir casas horizontais. Hoje, já é possível empreendimentos com térreo mais nove andares”, destaca ele, informando que a expectativa da Ademi-BA para este ano é ultrapassar as cerca de 15 mil unidades comercializadas no estado em 2010.

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