Símbolo do salão de beleza, o chamado vaporizador de cabelo, que antigamente era conhecido apenas como secador, não é mais o mesmo. Ele evoluiu, e muito. Para quem ainda não ligou o nome à “pessoa”, trata-se daquela máquina com pés altos e uma espécie de capacete no alto, em que as mulheres enfiam a cabeça e passam longos minutos, e tem a finalidade de aquecer o cabelo e potencializar a hidratação dos fios. Não que o modelo antigo, que remete aos tempos da vovó, não exista mais. Mas os salões têm investido em versões bem mais modernas, não apenas de formas diferentes, mas conteúdo também. High-techs, eles agora podem soltar vapor seco, hidrogênio e oxigênio, e ainda acelerar o tempo dos tratamentos.Esqueça o formato de capacete. O design arrojado dos aparelhos atuais guarda poucas lembranças dos originais. Eles parecem, aliás, ter saído diretamente do desenho animado “Os Jetsons”. Giram sobre a cabeça, sobem e descem, e acendem luzes. E nada de soltar névoas de fumaça no ambiente. No Micro Mist, por exemplo, o vapor seco é liberado junto com micropartículas de hidrogênio e oxigênio da água mineral. O aparelho japonês é a estrela de salões como Fashion Clinic e Care, em Ipanema, Werner do shopping Downtown, na Barra, e Elemental Beauty, em Niterói.
— Esta mistura é liberada em forma de íons. Ela abre a cutícula do fio e potencializa a penetração dos nutrientes da máscara — explica o colorista Julio Loiola, do Werner.
O tratamento no Micro Mist oferece um grand finale. Nos últimos dois minutos, um vapor gelado é despejado sobre as madeixas, para fechar as cutículas e garantir o brilho. E é bom folhear a revista de fofoca mais rapidamente: o processo todo dura entre oito e dez minutos.
Além de dar uma força na hidratação, alguns desses aparelhos costumam funcionar mesmo como aceleradores dos tratamentos. Graças a eles, o tempo para o produto agir diminui muito, o que tem agradado em cheio as apressadinhas.
O alemão Climazon é um deles. A máquina não solta vapor, mas esquenta os fios graças a luzes superpotentes. Ele concentra calor em três “braços”, que envolvem a cabeça. Outra versão do equipamento, mais moderna e chamada de Rollerball, tem uma grande argola que gira em torno do cabelo, distribuindo o calor de forma mais uniforme. Na Ophicina do Cabelo, no Leblon, o Climazon é muito usado para reduzir o tempo de fixação da tinta no cabelo. A cabeleireira Antônia Oliveira explica que, em geral, para deixar uma mulher louríssima é preciso esperar uma hora com o descolorante aplicado. Com o uso do aparelho, o tempo cai para a metade.
— Como ele intensifica o processo, dá para usar menos química para se chegar ao tom louro. É outra vantagem — acrescenta Antônia.
É o mesmo caso do Ikesaki, fabricado no Brasil e usado no Visage Coiffeur, na Fonte da Saudade. Para acelerar a aplicação de tonalizantes e tintas e incrementar a criação das mechas da balayage, é o aparelho que esquenta a cabeça das clientes, no melhor sentido. Também é útil quando se faz a hidratação marroquina, com o óleo de argan. Só não espere discrição. Com duas enormes “garras”, a máquina se movimenta para cima e para baixo e tem luzes que piscam.
Não costuma haver acréscimo no preço do tratamento quando se recorre a essas supermáquinas.
— Vira uma verdadeira atração no salão — diz o cabeleireiro e colorista Roger Lemos.
Fonte: Extra RJ
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