27/05/2011

Comerciários pedem regulamentação da profissão na Assembleia

Piso salarial nacional sugerido em três mínimos, data base para novembro, jornada de trabalho de 6 horas com duas turmas por dia, o que geraria o dobro de empregos e o fim do trabalho aos domingos e feriados. Essas foram as proposições colocadas pelos comerciários e representantes de entidades sindicais hoje na audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor e Relações do Trabalho da Assembleia. Cerca de 150 trabalhadores ocuparam o espaço onde houve o debate, que teve o apoio do presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia (Fecombase), Márcio Fatel.

Uma das atividades mais tradicionais, a função dos comerciários é de certa forma negligenciada e porque não dizer, tratada com descaso. “Existem 10 milhões de comerciários no Brasil. Talvez seja a maior categoria e parte dos funcionários que não são registrados, outros recebem um valor em carteira e uma parte por fora, sem contar os casos de afrodescentes que tem remuneração menor que os demais”, revelou o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah.

Patah denunciou também a diferenciação salarial entre estados brasileiros. “Temos conhecimento de empresas em que o pagamento é de um determinado valor em São Paulo e em Recife é inferior. É o caso da rede Wal- Mart. Por que a diferenciação? O faz o funcionário de São Paulo de diferente faz o funcionário de São Paulo que o de Recife se ambos trabalham para a mesma empresa?. Queremos igualdade entre os comerciários independente do estado que ele atue”.

O membro seguinte a falar na mesa, o presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado da Bahia (Fecombase), Márcio Fatel, enfatizou que a discurssão em torno da regulamentação não se restringe somente aos abusos ao oficio dos comerciários. “Além de não haver um piso nacional estabelecido, é preciso também reduzir a carga horária do profissional para 6 horas. Isso geraria o dobro de empregos na área e livraria o trabalhador da sobrecarga. Assim o comerciário teria mais tempo para a família, para se qualificar e mais disposição para exercer a função”.

Compuseram também a mesa, o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), José Augusto, diretor da Nova Central de Minas Gerais, José Alves Paixão e o deputado estadual Fabrício Falcão que propôs a pauta na Assembléia.Com informações de Odília Martins.

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