30/05/2011

Derrotados, serristas ameaçam com PSD


Aliados do ex-governador de São Paulo José Serra, inconformados com a derrota do grupo na convenção nacional do PSDB, neste fim de semana em Brasília, ameaçam abandonar o partido para reforçar o PSD criado pelo prefeito paulistano Gilberto Kassab. Criado, aliás, sob estímulo de Serra. “O que nos segura é o constrangimento de passar a integrar a base de apoio ao governo Dilma”, afirmou a este site um dos raros deputados que permanecem leais a Serra, mas pede para não ser identificado. O ex-governador e ex-candidato tucano a presidente foi derrotado no PSDB pela própria arrogância e o estilo “trator” de ser, do tipo que passa por cima da divergência sem hesitações. Houve também um certa “fadiga de material” e a ânsia dos tucanos pela renovação personificada pela figura do senador Aécio Neves (MG).

 Serra ganhou como consolação a presidência do conselho político do PSDB, agora com o poder de editar normas internas – desde que, é claro, consiga a improvável maioria dos votos dos demais integrantes, o ex-presidente FHC e os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Marconi Perillo (GO). Serra queria presidir ou indicar o novo presidente do partido, mas foi derrotado com a recondução do deputado Sérgio Guerra. Serra queria presidir o Instituto Teotônio Vilela, que antes rejeitava, mas acabou derrotado pelo ex-senador Tasso Jereissati. Serra queria substituir o secretário-geral do PSDB, mas o deputado Rodrigo de Castro (MG) foi reconduzido ao cargo, como expressão do desejo de renovação e do triunfo do ex-governador Aécio Neves.

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