22/06/2011

Licor e Cravinho disputam preferência no São João do Pelô

Tradicional bebida junina, o licor tem um forte concorrente no São João do Pelô. No local, quem reina absoluto em vendas é o famoso Cravinho, uma espécie de cachaça de infusão, preparada com cravo, cachaça, mel e limão.

O famoso bar O Cravinho, aberto há 25 anos no Terreiro de Jesus, fica lotado durante os festejos juninos. Segundo o proprietário, Julival Reis, 52, a bebida vende até dez vezes mais neste período. Não dá para comparar as vendas durante o São João com qualquer outra época do ano. Só temos a agradecer pela tradição junina estar sendo mantida aqui no Pelô. A cidade precisava de uma festa bonita como esta, afirmou Julival.

Segundo ele, no período de alta estação são vendidas cerca de 200 doses de cravinho por dia. No São João, o número passa para 2 mil doses. Cada uma, vendida a R$ 2. E o proprietário não tem medo da concorrência. “Não tem bebida que chegue próximo ao sabor do que a gente vende. E o clima do Pelô combina perfeitamente com as nossas cachaças. Já virou tradição, conta.

Além do cravinho, no local são fabricados cerca de 30 sabores de cachaça de infusão, preparadas com flores, folhas, frutas, cascas e raízes. E para acompanhar, são servidos tira-gostos como moela e camarão ao alho e óleo. A paulistana Mirela Santana fez questão de provar a bebida. Assim que chegamos ao Pelourinho nos indicaram a cachaçaria. Realmente é uma delícia. E combinou como muito bem com o clima do São João, elogiou a turista.

Ao lado da cachaçaria funciona a loja do Cravinho, onde são encontradas garrafas das cachaças de tamanhos variados, feitas artesanalmente. Além disso, também são vendidas conservas de batata, jiló, maxixe e cebola. Durante o São João o local funciona das 11h às 2h.

Oferecido em barracas espalhadas por todo Pelourinho, o licor se renova todos os anos, com suas versões diferentes e também com os principais sabores. Jenipapo, tamarindo, cajá, limão, umbu, chocolate, e menta, são alguns dos licores que fazem o gosto do público.

Há quem diga que apesar das diversas opções de sabores, o tradicional, é o preferido. “Eu gosto muito de licor de jenipapo porque é o típico da época, disse Andréa Santos, 37 anos. Aqui nos arredores do Pelourinho, a bebida é vendida por R$ 1 a dose e R$ 10 o litro. E também há quem prefira alguns dos sabores mais novos. “Eu gosto muito do sabor de menta, para mim é o melhor”, falou Lucas Santana, 26 anos.

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