17/07/2011

Tépido, tétrico, patético, medíocre...




Se Argentina e Uruguai foi épico, Brasil e Paraguai, no primeiro tempo, foi tépido.

Com duas ótimas chances de gol para o Brasil e nada, rigorosamente nada para o Paraguai.
Neymar perdeu a primeira, ao chutar muito mal, em ótima jogada de Ganso para Robinho e deste para o menino santista, numa jogada peixeira.
E a segunda foi defendida milagrosamente pelo goleiro Justo Villar no pés de Lúcio.
Roque Santa Cruz fazia muita falta ao onze guarani e a vitória brasileira parecia questão de tempo.
Aos 3, já no segundo tempo, outra vez Neymar teve a chance e a desperdiçou.
Começou a dar uma perigosa impressão da amarela Colômbia contra o vermelho e branco Peru…
Aos 21, Ganso, de cujos pés saíram as jogadas mais inteligentes da Seleção, arrematou para obrigar nova defesa do goleiro, com a bola indo à trave.
O que era tépido, estava ficando tétrico.
Mais ainda aos 27, quando Villar fez outro milagre, com o pé,  em chute à queima-roupa de Pato.
E Julio Cesar nem tiro de meta batia.
Aos 35, o moicano Neymar saiu para entrar Fred. Estava certo. mas mais certo estaria se o substituído fosse Pato.
Que, aos 36, perdeu gol feito, em jogada de Fred com Robinho, por sinal em grande tarde.
O 0 a 0 era uma mentira como fazia tempo não se via.
Aos 38, Robinho bateu escanteio na cabeça de Fred e a zaga paraguaia salvou na linha fatal.
Se estivésse 4 a o não seria demasiado.
Aos 47, Ganso deu para Lucas Leiva fazer e ele fez…bobagem.
Hora da prorrogação.
Tépido, tétrico e patético.
Brasileiros e paraguaios trocaram agressões e Lucas Leiva e Alcaraz acabaram expulsos logo depois de  Mano Menezes tirar Ganso e deixar Pato para a entrada de Lucas, já aos 10 do primeiro tempo, quando nada acontecia no mau gramado de La Plata.
Já no segundo tempo, Lucas infernizava a defesa paraguaia que se defendia como podia.
Aos 5, entrou Elano, saiu Pato. Correção tardia de Mano Menezes.
Fred que tinha entrado bem repetia erro em cima de erro.
E o Paraguai queria que o jogo acabasse para tentar a sorte nos pênaltis depois de uma prorrogação jogada de maneira medíocre.
Pênaltis que vieram, como na decisão da Copa do Mundo de futebol  feminino, depois dos 2 a 2 entre Japão e Estados Unidos, vencida pelas japonesas nos penais.
Chance para Julio Cesar se recuperar e para Justo Villar se consagrar.
Deu Justo Villar.
Injusto para o Brasil, mas adequado para ele: 2 a 0, com os brasileiros errando as quatro cobranças.
Notas:
Julio Cesar, no jogo, bastava um cone. Nos pênaltis, outro: 5,0
Maicon não foi nem sombra do jogador que enfrentou o Equador: 5,0
Lúcio teve pouco trabalho, como Thiago Silva: 6,0
André Santos como sempre, na fronteira da irresponsabilidade e um pênalti escandaloso: 5,0
Lucas Leiva, desarma mas não arma: 5, 0
Ramires foi melhor que nos jogos anteriores: 5,5
Elano entrou para bater pênalti e bateu ridiculamente por cima: 3,0
Ganso armou as melhores jogadas: 7,0
Robinho jogou muito bem: 8,0
Pato decepcionou demais: 4, 0
Neymar se mexeu e perdeu gols que não podia: 5,5
Fred entrou bem e saiu mal, muito mal: 5,0
Lucas quase botou fogo no jogo: 5,5
Mano Menezes errou demais nas substituições, embora seu time não merecesse a desclassificação: 4,0.
Por Juca Kfouri

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