18/08/2011

Correio Braziliense: Nome de Lúcio é cogitado para líder do PMDB na Câmara

A escolha de Mendes Ribeiro para a vaga de Wagner Rossi não significa paz no PMDB. Na manhã de ontem, um grupo de 35 deputados — de uma bancada de 78 — reuniu-se na Câmara para reclamar do tratamento que o partido vem recebendo do governo e da falta de articulação entre setores da bancada e o líder na Casa, Henrique Eduardo Alves. O estopim da crise foi a entrega da relatoria do Código de Processo Civil ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Há um consenso de que as melhoras relatorias são entregues ao pemedebista fluminense, em detrimento do conjunto da bancada.

Eles também reclamam que Henrique preocupa-se mais com sua candidatura precoce à presidência da Câmara dos Deputados do que em defender os interesses da bancada. E que adotou o discurso repetitivo de “liberação de restos a pagar e emendas parlamentares”, o que gera antipatia para a legenda perante a opinião pública, atrelando-a à pecha de fisiologista. Já há, inclusive, quem diga que o cargo de líder estaria ameaçado — alguns parlamentares, inspirados pela revolução jovem que eclode em diversos pontos do mundo, defendem o nome de Lúcio Vieira Lima (BA), que está no primeiro mandato e é irmão do vice-presidente de Crédito para Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel Vieira Lima.

Na reunião do grupo dissidente, o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), ex-presidente da Funasa, defendeu que os peemedebistas deveriam entregar todos os cargos que têm na administração federal, a exemplo do que fez o PR. “O PMDB é muito grande para apenas ser chamado a ‘votar com o governo’. Ou somos parceiros para discutir políticas públicas ou passamos a ser independentes do Planalto”, defendeu ele.

O mesmo grupo também defende a saída do ministro do Turismo, Pedro Novais. Alegam que ele está “visado” após as denúncias envolvendo o ministério na Operação Voucher e teria perdido a capacidade política de ‘operar’ para o partido.

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