05/09/2011

Com Gana, Mano respira


Por Juca Kfouri

O começo do jogo no estadinho do Fulham, para apenas 25 mil torcedores, assustou.

Revelando que a camisa amarela se banalizou, Gana foi para cima dos brasileiros nesta estranha tarde de segunda-feira.

E deu a impressão que não demoraria a marcar.

Mas, de repente, não mais, os africanos começaram a se preocupar mais em bater do que em jogar.
E a Seleção ensaiou seus primeiros passos.

O melhor deles veio de Neymar, de cavadinha para Leandro Damião, o novo Vavá, Peito de Aço.
O centroavante colorado simplesmente deu um lençol no goleiro para fazer um golaço, mas estava ligeiramente impedido e o gol não valeu.

O que valeu, em seguida, foi a justa expulsão de um carniceiro ganês que mesmo advertido segundos antes pelo árbitro, pisou em Lúcio.

Aí tudo ficou mais fácil.

Com Neymar em noite feliz e com Marcelo fazendo ótima partida para resolver a questão do lado esquerdo da defesa canarinha, Leandro Damião entrou na diagonal e Fernandinho deu o passe na medida para o goleador bater cruzado e fazer 1 a 0, aos 44.

Pena que, logo aos 8 minutos, Ganso se machucou e deu lugar a Elias.

O que era para ser ofensivo ficou mais defensivo, embora tenha servido, também, para arrefecer o ânimo africano.

Mas, no segundo tempo, com um a mais em campo e 1 a 0 no placar, Mano Menezes tirou Fernandinho e pôs Hulk.

A ideia era  golear o time de Gana que, diga-se, jogava completo, com Asamoah, inclusive, mas estava incompleto, com um a menos desde os 33, quando Opare foi parado pelo correto cartão vermelho.

E só dava Brasil.

A presença de Ronaldinho Gaúcho valia mais pela…presença de Ronaldinho Gaúcho.

Alguns bons passes, cobranças sempre precisas nos escanteios e uma falta bem batida.


E Hulk, aberto pela direita, provava não ser apenas um tanque, capaz de, por exemplo, logo de cara, quase dar um gol para Leandro Damião.

Só que o tempo passava e o segundo gol não acontecia.

Gana não se aventurava a tentar o empate, como se estivesse feliz com o 0 a 0 quando eram 11 contra 11 e com só 1 a 0, 11 contra 10.

No quarto jogo entre ambos era a quarta vitória brasileira, mas em escala decrescente: 8 a 2 em 1996, 3 a 0 em 2006 e 1 a 0 em 2007.

De fato, é inegável o progresso do futebol ganês, embora a violência tenha se tornado sua marca registrada.

Só aos 32, depois de quatro substituições ganesas, Pato entrou no lugar de Damião, com estreia positiva.

E, aos 40, o ex-colorado recebeu um passe magistral do ex-gremista Ronaldinho e cabeceou para ampliar não fosse a excelente defesa do goleiro Kwarasey.

Que de novo fez ua defesaça em cobrança de falta de Ronaldinho, dois minutos depois.

A presença de Ronaldinho Gaúcho já valia mais pela boa presença de Ronaldinho Gaúcho.

E o jogo acabou só 1 a 0, o suficiente para Mano Menezes respirar em paz (num jogo sem notas porque amistosos desse gênero fica sem nota, OK?).

Fonte: "Blog do Juca"

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