Dinho Ouro Preto, um dos intérpretes das canções de Renato Russo, fez o melhor resumo do show: “Não precisa ter a gente cantando aqui, vocês são melhores”. A plateia realmente correspondeu à altura. O início, com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) fazendo um medley de canções do Legião, parecia quase um jogo de adivinha para que o público descobrisse qual seria a canção a seguir. Eduardo e Mônica, Faroeste caboclo, Que país é esse?...Até o maestro Roberto Minczuk, batuta em mãos, acompanhou.
Um vídeo com falas de Renato Russo deu sequência à entrada dos convidados, que, junto à OSB, cantaram com a banda capitaneada por Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá (com os respectivos filhos nas guitarras). Rogério Flausino (Tempo perdido e Quase sem querer), mais contido, interpretou bem. Desnecessários os gestos e a dança que emulavam Renato Russo. Toni Platão (Quando o sol bater na janela do seu quarto), com vozeirão mais empostado, também se deu bem. Ainda falou bonito, lembrando a morte de Redson, vocalista da banda de punk Cólera, nesta semana. “Renato, cuida bem do Redson. Daqui a pouco a gente se encontra.”
Emoção
Pitty parecia intimidada, não deu a Índios a dimensão que a canção tem. Bonfá não deixou as baquetas para cantar, com delicadeza, Teatro dos vampiros. Herbert Vianna, na onda de que menos é mais, não precisou ir longe para emocionar com Será (que também teve Villa-Lobos nos vocais). Dinho Ouro Preto estava em casa com Por enquanto. Ao final, Pais e filhos, com todos no palco, foi dominada pela plateia. Houve pedidos de bis até depois de uma reprise de Será, que não estava no script.
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