A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, que esteve na Câmara na manhã
desta quarta-feira em um evento sobre acesso à leitura, aproveitou a
ocasião para pedir aos deputados mais verbas para o setor.
O evento marcou o relançamento da Frente Parlamentar Mista do Livro e
Leitura, para organizar ações de estímulo à leitura. A frente conta com a
adesão de mais de 200 parlamentares e será coordenada pela deputada
Fátima Bezerra (PT-RN). A ministra, que ressaltou a importância das
emendas parlamentares para a cultura, abriu a sessão.
"Aproveito a oportunidade para fazer um apelo: a área da cultura está
vivendo sempre aquém das suas necessidades, é uma verba pequena.
Trabalhamos com uma série de ações pulverizadas, e não grandes pontes,
estradas, monumentos. São pequenas ações, mas que atingem milhões e
milhões de pessoas. Essa necessidade precisa ser compreendida pelos
parlamentares", afirmou a ministra.
O Ministério da Cultura está se empenhando na aprovação da PEC (Proposta
de Emenda à Constituição) 150, que destina 2% do orçamento da União
para a área cultural. A PEC aguarda a votação em plenário.
A ministra ainda ressaltou a importância da colaboração entre os
ministérios da Cultura e da Educação, especialmente nos principais plano
das duas áreas: PNC (Plano Nacional da Cultura), divulgado na semana
passada, e PNDE (Plano Nacional da Educação), ainda em votação.
Por causa do evento na Câmara, a ministra deixou de comparecer a um
seminário sobre o audiovisual, que ocorre dentro da programação do 44º
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Na abertura do festival, na
segunda, a ministra foi vaiada pelo público.
LIVRO POPULAR
Também estava presente o presidente da Fundação Biblioteca Nacional,
Galeno Amorim, que falou sobre o programa Livro Popular -- lançado pela
presidente Dilma durante a Bienal do Livro no Rio.
Amorim apresentou alguns detalhes do programa, que se baseia em
estimular a produção, comercialização e divulgação de livros que custem
R$ 10.
Ele afirmou que, entre outras políticas, o BNDES disponibilizará linhas
de crédito para as editoras. Outro objetivo é zerar o número de cidades
brasileiras sem bibliotecas.(Folha)
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