11/10/2011

15 anos sem Renato Russo



Há exatamente 15 anos, no dia 11 de outubro de 1996, morria Renato Russo. O cantor foi vítima de complicações decorrentes da aids. Apesar de ser soropositivo desde 1990, ele nunca chegou a assumir publicamente a doença.

Renato Russo nasceu no Rio de Janeiro, em 1960, e se mudou para Brasília em 1973. Batizado como Renato Manfredini Jr., ele criou o apelido para homenagear coletivamente os filósofos Jean-Jaques Rousseau e Bertrand Russel e também o pintor Henri Rousseau. Na capital federal, começou a sua primeira banda em 1978, o Aborto Elétrico. O grupo, que tinha os irmãos Fê e Flávio Lemos na bateria e no baixo, respectivamente foi o embrião tanto do Capital Inicial, onde os dois tocam até hoje, e da Legião Urbana.

O grupo, que também contava com Dado Villa-lobos na guitarra e Marcelo Bonfá na bateria lançou em 1984 seu disco de estreia, auto-intitulado, e que tinha sucessos como Será, Ainda é cedo, Por Enquanto e Geração Coca-cola. Depois se seguiram Dois, de 1986, que tinha Eduardo e Mônica, Tempo perdido e Índios, Que País É Este, que mostrou a música título e Faroeste Cabloco e As quatro estações, de 1989, que trouxe músicas como Há Tempos, Pais e Filhos, Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto, Meninos e Meninas e Monte Castelo.

Esses quatro discos alçaram Renato Russo ao alto escalão de compositores nacionais e pavimentou a fama da Legião Urbana,que perduraria até 1996. Bissexual assumido, Renato Russo ainda lutou contra o preconceito e homenageou uma revolta homossexual no disco solo The Stonewall Celebration Concert, de 1994.

Debilitado no fim, Renato Russo se recusou a tirar fotos para A Tempestade ou O Livro dos Dias, último álbum lançado com ele ainda em vida. Ele teria a morte anunciada 21 dias após o lançamento do disco. Com o falecimento do vocalista, Dado e Bonfá anunciaram o fim da Legião Urbana, que ainda segue vendendo discos e mantêm uma base fiel de fãs.

Por João Renato Faria, do Portal Uai

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