25/10/2011

Abstenção no Enem 2011 causa prejuízo de R$ 63,7 milhões

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) teve mais de 5,3 milhões de inscritos, mas registrou uma abstenção média de 26,4% nos dois dias, ou seja, em média, 1,4 milhões de candidatos não compareceram aos locais de prova. Como o exame teve um custo de R$ 45 por inscrito, as ausências causaram um prejuízo de R$ 63,7 milhões. 

A abstenção média foi menor do que a registrada no ano passado, 28%. Mas como os custos foram mais altos e os inscritos superiores em 755 mil, a conta ficou mais salgada. Em 2010, o Enem teve um custo por candidato de R$ 39,66 e uma média de 1,291 milhão de faltosos, o que resultou em um prejuízo de R$ 51,2 milhões. Como o Enem teve 25,2% de ausentes no primeiro dia de exame (1,352 milhão) e 27,6% no segundo dia (1,481 milhão), 2,833 milhões de provas do Enem não foram utilizadas. 

Sendo que a impressão das provas na gráfica RR Donelley saiu ao custo de R$ 6,80 por candidato (R$ 3,40 por prova), somente com impressão, o governo teve um desperdício de R$ 9,6 milhões. Em 2010, o gasto com a impressão do exame dos ausentes foi de R$ 8,8 milhões. As abstenções são um problema enfrentado também por universidades que fazem processos seletivos. Porém, a maioria dos vestibulares tem índices inferiores ao registrado no Enem. Em sua última edição, a primeira fase da Fuvest teve 7,79% de abstenção. Na segunda fase, os índices de ausências oscilaram entre 7% e 9%. (Ig)

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