07/10/2011

Dado Villa-Lobos se apresenta no Groove Bar após show no Rock in Rio

Fãs ardorosos da Legião Urbana têm programa certo para este fim de semana. Dado Villa-Lobos, o sempre discreto guitarrista da antiga banda liderada por Renato Russo, faz show único sábado, no Groove Bar.

É a segunda vez que o músico vem à cidade como artista solo. “Fiz outro show aí há uns dois anos”, lembra, em entrevista por telefone.

“Toquei numa casa perto do Solar do Unhão (Bahia Café, Aflitos). No dia seguinte, fui para o Festival de Inverno de Vitória da Conquista. Eram os shows de lançamento do meu disco (Jardim de Cactus, 2009)”, conta.

Desta vez, o show reunirá canções do trabalho solo, inéditas, covers e, claro, hits da Legião. “Os covers eu ainda não decidi. Pode ser do Jesus and Mary Chain ou do Lou Reed”, avisa.

Nas canções da Legião, Dado, dono de voz curtinha, emprestará o microfone ao parceiro de geração Toni Platão, ex-vocalista da cultuada banda carioca Hojerizah e dono de vozeirão bem mais próximo àquele “tom Jerry Adriani” de Renato Russo.

O show no Groove deverá ser, no máximo, para a capacidade total da casa, que é de 400 pessoas. Uma diferença tremenda para quem, semana passada mesmo, se apresentou diante de 100 mil espectadores, durante o show em homenagem à Legião, no Rock in Rio.

“Mas isso é que é superbacana: qualquer espaço é espaço. Nós temos é que ocupá-los”, ri Dado. “Cem mil pessoas é gente que não acaba mais. Em um lugar menor, a coisa fica mais próxima, mais quente. Apesar de que uma multidão na sua frente também é impressionante. Demanda uma energia muito forte”, reflete.

Crooner - Um processo por que Dado passou após o fim da Legião foi o de se fazer cantor. Logo ele, que mal fazia backing vocals para Renato Russo. ”Foi a última fronteira: a Legião tinha acabado, eu tinha estabelecido meu selo (Rock It!), tinha lançado uma pá de bandas, fazia trilhas de cinema... O que falta? Fazer um trabalho autoral”, disse.

Como não é nem um pouco bobo e estava ciente de suas limitações, logo procurou ajuda profissional. “Tenho uma grande amiga que é professora de canto e coach vocal, a Cecília Spyer. Antes de gravar, sempre a convoco. Pratico o canto com vários exercícios. É uma arte, o controle do diafragma, o controle do ar. Chega a ser hipnótico”, revela Dado.

Outro desafio foi estabelecer uma identidade artística própria, já que na Legião, a predominância, claro, era “russa”.

“Ali sou eu plenamente, com todas as minhas influências, inclusive da própria Legião, que foi onde descobri a mágica de fazer música, criar canções”, diz.

“O (disco) Jardim de Cactus centraliza essas influências de toda uma formação através da música. Tá tudo ali, desde meu pai (o diplomata Jayme Villa-Lobos) tocando piano até coisas eletrônicas e radicais, do underground do rock. É a vida que segue te trazendo ideias e vai contribuindo”, filosofa. (Folha online)
|Serviço|
Dado Villa-Lobos
Onde: Groove Bar
Quando: Sábado (08/11), às 22h
Ingressos: R$ 30 (1º lote)

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