15/10/2011

A mulher poderá ejacular durante o orgasmo? Mito ou verdade?


A resposta é sim! A ejaculação feminina é caracterizada pela excreção de líquidos pelas glândulas de Skene e expulsão durante o orgasmo. Esse líquido é claro, às vezes viscoso, ralo e geralmente inodoro, varia de 15 a 350 ml.

O líquido da ejaculação feminina não deve ser confundido com o líquido da lubrificação que permite uma penetração mais fácile também não deve ser tratado como se fosse urina, pois sua constituição é diferente desta.

Nem todas as mulheres ejaculam e, mesmo as que o fazem, não ejaculam sempre, ela ocorre com maior facilidade pela estimulação do ponto G. Considerando o ponto G um homólogo da próstata masculina, podemos entender por que o líquido que algumas mulheres expelem é similar ao do homem, sem conter espermatozóides.

Embora até hoje ainda muitos afirmam que a ejaculação feminina é uma lenda ou mito, a ejaculação feminina é um fato observado em laboratório e descrito por Aristóteles e na medicina grega da antiguidade, que acreditava que o líquido expelido era importante na fecundação (Cláudio Galeno 131 - 200). A ejaculação feminina está descrita em várias culturas, por exemplo nos rituais tântricos da Índia.

O anatomista italiano da Renascença Realdo Colombo (1516 - 1559) referiu a ejaculação feminina quando ele explicou as funções do clitóris. E o anatomista holandês Reigner de Graaf (1641 – 1673) descreveu a mucosa membranosa da uretra em detalhes e escreveu que "a substância podia ser chamada muito adequadamente de prostatae feminina ou corpus glandulosum' (...). A função da prostatae é gerar um suco pituito-seroso, que torna a mulher mais libidinosa. (...) Aqui também deve-se notar que o corrimento da prostatae feminina causa tanto prazer quanto o da próstata masculina".

Análise química do líquido ejaculado

Pela análise química do líquido expelido, mostrou-se que este nada tinha a ver com a urina, e sim assemelhando-se ao líquido expelido pela próstata masculina. Algumas mulheres de hoje ainda acham que urinam ao ejacular, já que a sensação que antecede a ejaculação é muito semelhante à vontade de urinar. Porém a anatomia também comprova que isso é impossível, uma vez que o músculo pubococcígeo, que se contrai na hora do orgasmo, também é responsável pela contenção urinária.

O líquido ejaculado também não tem relação com a lubrificação vaginal, uma vez que a lubrificação é feita antes do orgasmo e é produzida pelas glândulas de Bartholin, enquanto a ejaculação acontece no clímax do ato sexual e seu líquido é produzido na glândula de Skene e liberado através das glândulas de Skene e do canal da uretra.



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