Comentando o evento para a TV Globo, lutador se emociona com o cinturão do brasileiro e lembra de quando foi campeão pela primeira vez, aos 19 anos
Júnior "Cigano" dos Santos precisou de apenas 1m04s de luta para vencer Cain Velásquez na disputa do cinturão dos pesos-pesados do UFC neste domingo, em Anahein, na Califórnia. Foi o mesmo tempo que o locutor Galvão Bueno precisou para ter seu 'batismo' em uma transmissão de MMA, com Vitor Belfort nos comentários. Entrosados, os dois trocaram cumprimentos de lutador no começo do comentário que gravaram para o Esporte Espetacular.
Galvão revelou que no momento da vitória de Cigano, seu companheiro foi às lágrimas e disse que lembrou quando venceu um torneio entre os pesados no UFC 12, em 1997.
"É toda uma vida. Eu lembrei do meu início, lembrei do momento que eu consegui concretizar, quando fui campeão com 19 anos. E o Júnior Cigano, novo. Eu acompanhei a vida dele, a história dele... Ele foi o meu sparring. Um garoto fantástico, simples, com uma grande equipe. E ele conquistando isso, pra mim foi emocionante", disse Belfort, falando enquanto o companheiro de transmissão pousava a mão em seu ombro.
Em sua análise da vitória de Cigano, Galvão ressaltou que Cain Velásquez trabalhava por baixo, com o pé, para evitar o trabalho de boxe do brasileiro.
"Quando você chuta um adversário lateralmente, você evita que o golpe mais forte entre. O Cigano começou a trabalhar em baixo (na linha de cintura), onde o Velásquez se sentiu confiante. Ele perdeu aquela (tentativa de) queda e quando vacilou...", comentou Belfort. Galvão completou o raciocínio do lutador dos médios do UFC: "quando ele foi para o chão, aí é aquele negócio: joelho em cima, pé no chão e direita, esquerda e vamos bater".
Vitor Belfort aproveitou para elogiar algo que foi pouco notado na luta: o trabalho de jiu-jítsu que Cigano usou para controlar Velásquez no solo. "Você vê que o Cigano domina o chão de um jeito que o Velásquez não consegue virar. Ficou um pouco grogue e não tem um jiu-jítsu apurado, não é um lutador que, quando cai por baixo, começa a fazer a guarda de defesa. O Cain quis levantar, e quando ele quis levantar, aí o Cigano liquidou a conta, faturou e assinou Brasil", disse Vitor.
"O cruzadão pegou atrás da orelha e acabou a luta", complementou Galvão, que se despediu fazendo questão de repetir o novo bordão "Júnior Cigano... do Brasil!".
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