06/01/2012

Palmeiras contrata jogador mais problemático do Brasil

Perto de Carlos Alberto, Jobson e Adriano são iniciantes…


"Ele é um cara que olha nos olhos.
Eu gosto disso."
Fossem as frases acimas ditas por uma mocinha de 15 anos...
Em uma balada ao ver um Justin Bieber cover seria compreensível.
Mas foi a estranha maneira do vice Roberto Frizzo se referir a Carlos Alberto.
Com a aposentadoria de Marcos, ele está sendo emprestado para ser o líder do time.
Líder de Luiz Felipe Scolari.
Sim, depois dos torcedores das organizadas jurarem que iriam arrebentar o clube se Richarlyson fosse contratado...
A direção palmeirense fechou contrato com um dos mais problemáticos jogadores do País.
Talvez só perca para Jobson e Adriano juntos.
Desde que deixou o Porto para jogar no Corinthians aos 21 anos tem se mostrado assim.
Seu ego acabou sufocando o seu talento.
O treinador José Mourinho já disse que não se conformava com o que ele virou.
Os dois foram campeões mundiais no Porto.
Quando o meia respondia pelo singelo apelido de Feijão.
Mas era tudo o que tinha de singelo.
Habilidoso e magro (sim!), seu gênio já o metia em confusão.
Não era adorado pelos companheiros de grupo.
Jornalistas portuguesas já o qualificavam como egocêntrico.
A proposta da MSI foi comemorada em Portugal como a aparição de um santo.
E Carlos Alberto desembarcou no Corinthians de Tevez.
Nunca se conformou em ser um coadjuvante do argentino.
Tanto que acabou em uma briga épica onde os dois trocaram socos, pontapés e cusparadas.
Depois enfrentou Leão.
A competição para ver quem tinha o ego maior quase fez dos dois se pegarem durante um jogo.
Foi na partida contra o Lanús, na Argentina.
A imprensa argentina não perdoou a surreal situação e a taxou de 'ridícula'.
A esta altura já havia declarado guerra à balança.
Descontou uma desilusão amorosa em Big Macs...
Os preparadores físicos e a direção corintiana ficaram desesperados.
Mas não houve jeito.
Engordou para nunca mais voltar à velha forma.
Desprezado pelo Corinthians, acabou contratado pelo Fluminense, time onde surgiu.
Teve uma ótima passagem.
A ponto de fazer os alemães do Werder Bremen contratá-lo.
Mas a rejeição foi mútua.
Nem o jogador gostou da Alemanha.
E muito menos a Alemanha admirou sua rebeldia.
Foi encostado.
A imprensa alemã o classificou como o pior negócio do ano.
Acabou emprestado ao São Paulo.
Péssimo em campo, lento, pesado.
Pior só fora dele.
Além de chegar atrasado à concentração se envolveu em uma briga com o volante Fábio Santos.
Na concentração do clube, os dois além de se socar, inauguraram uma nova modalidade de conflito.
O arremesso de relógios importados no peito do adversário.
Carlos Alberto foi banido do Morumbi.
Foi devolvido antes do prazo ao Werder.
De lá emprestado ao Botafogo.
Teve uma boa participação.
Briga?
Lógico, com Jobson.
Mesmo assim, mostrou alguns lampejos.
Mas o clube não o comprou.
Foi para no Vasco.
Disputou de maneira digna a Segunda Divisão.
Dorival Júnior, no entanto, envelheceu alguns anos com as expulsões desnecessárias.
Várias vezes atrapalhou o time, pediu perdão, disse que iria mudar e acabava expulso de novo.
Isso porque era o capitão do time...
Com a saída de Dorival, perdeu o protetor.
Roberto Dinamite não teve a menor paciência quando ele resolveu peitá-lo no vestiário.
E o despachou para o Grêmio.
Jogou mal e comprou briga com a imprensa gaúcha.
Voltou antes do tempo.
Sem espaço em São Januário, foi para o Bahia.
Sofreu seguidas contusões por lá.
Se tornou uma peça desnecessária.
Em 2011 fez 36 partidas entre Vasco, Grêmio e Bahia.
Marcou um gol.
Um...
Este é o jogador que o Palmeiras acaba de contratar para ser sua estrela.
Seu maior mérito: olhar nos olhos de Roberto Frizzo.
Marcos fez muito bem em se aposentar...

Por Cosme Rímoli

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