Paulo André diz que seu livro tentará 'humanizar' o jogador de futebol

Amante da pintura, xadrez e admirador de escritores como Gabriel García Márquez, o zagueiro Paulo André, do Corinthians, foge do estereótipo dos jogadores de futebol. É engajado em questões fora das quatro linhas e possui um blog desde 2010, onde escreve sobre política do futebol e a situação do esporte no Brasil. E, com base nos textos que já escreveu, resolveu lançar um livro, chamado “O jogo da minha vida – histórias e reflexões de um atleta", para mostrar o que acontece na vida de um jogador de futebol.

- O livro retrata um pouco a realidade do atleta, do jogador de futebol no Brasil. Desde a decisão de sair de casa em busca de um sonho, algumas desilusões da época de amador, o difícil primeiro jogo, as aspirações, a Europa e o retorno para um time grande. Acabo retratando o lado mais humano do atleta, tentando humanizar esta figura que acaba sendo figura de paixão e ódio de tantos adoradores do esporte - disse Paulo André no "Arena SporTV" desta quarta-feira.

Quem ganhou um capítulo especial no livro do zagueiro foi ex-atacante Ronaldo. Paulo André fez questão de relatar alguns episódios que passou ao lado craque no Corinthians.

- Tive a alegria de jogar com ele (Ronaldo), é meu amigo. E, em um jogo contra o Cruzeiro, em 2010, nós ainda brigávamos pelo título do Campeonato Brasileiro. Aos 45 minutos do segundo tempo, tivemos um pênalti. O jogo estava 0 a 0 e com uma pressão enorme. O Ronaldo tranquilo pegou a bola e bateu. O Fábio caiu de um lado, a bola foi do outro, tudo muito tranquilo. Eu cheguei no vestiário depois e fui perguntar para ele como tinha batido com tranquilidade. Ele virou para mim e falou que estava morrendo de medo. Então, se o Ronaldo tem medo, imagina os outros jogadores comuns. Acho que estas coisas são legais de retratar e passar ao público.

Recuperando-se de lesão, Paulo André lançará seu livro na próxima quinta-feira, 1, em São Paulo