Ninguém no Fazendão quer fazer provocação em semana de BaVi, mas a declaração de Souza é no mínimo curiosa. Perguntado se ele assistiu à classificação do Vitória contra o Botafogo, quarta-feira, pela Copa do Brasil, o artilheiro do Bahia se saiu com essa: “Eu nem assisti, estava vendo novela, vendo o Tufão”, disse em meio a risos, sobre o ex-jogador de futebol vivido por Murilo Benício em Avenida Brasil.
Depois, o Caveirão falou sério. “Vai ser um jogo difícil, duas equipes motivadas que querem ser campeão baiano, o Bahia muito mais. Vamos jogar pra vencer o jogo”, garante. Por ter feito a melhor campanha do campeonato, o tricolor joga por outro empate pra ficar com a taça, após o 0x0 de domingo, no Barradão. O goleador do Bahia está pronto para a última batalha do estadual.
“Tô motivado e vou me doar ao máximo dentro de campo pra sair campeão. Nem que a gente saia de lá sangrando, a gente vai trazer esse título pro torcedor”, promete Souza. Palavra de artilheiro que não foge à responsabilidade. Autor de 19 gols na temporada, Souza vai reassumir a camisa9 no BaVi das 16h de domingo, em Pituaçu.
Após uma lesão na coxa, ele foi poupado do jogo da Copa do Brasil, contra a Portuguesa, na última quinta. Totalmente recuperado, ele garante que vai pra cima da defesa do Vitória. “Sempre fiz gols em finais. Já ganhei oito ou nove títulos por onde passei. Que a minha estrela possa brilhar de novo”, espera.
E já faz um tempinho que ela não brilha. Souza está há 45 dias sem balançar a rede, embora só tenha voltado a jogar nas últimas três partidas, após um mês afastado por lesão. A última vez que o atacante fez gol foi na vitória por 1x0 contra o Feirense, dia 28 de março. Ele terá um empurrãozinho extra nas arquibancadas de Pituaçu.
“Esse domingo (amanhã) vai ser muito especial. Minha família e meus amigos do Rio vierame quero presentear eles”, conta. Só o filho Lucas, 5 anos, terá que ver o paizão no clássico pela tevê. “Caveirinha está vetado porque o jogo vai estar muito cheio”. Os 32.157 ingressos já foram vendidos.
Dúvida - É acabar com o jejum e correr pra ouvir o grito da galera. “Eu fico arrepiado quando eles gritam meu nome”, revela Souza. No Bahia desde o estadual passado, ele se sente em dívida com a torcida e quer ser um bom pagador. “O torcedor está há 10 anos sem ver esse título. É como se fosse uma dívida com o torcedor, que eu particularmente tenho. Não sei se vou fazer gol, mas lutar até ganhar eu vou”.
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