16/07/2010

EU COMIGO, AQUI E AGORA.

Amar o que eu sou,



Todo indivisível que


constitui o ser e o


acontecer do meu


corpo e no tempo...






Amar as coisas que


eu estou fazendo e o


modo como eu as faço...






Amar as minhas


limitações, como amo


as minhas possibilidades...






E nos meus acertos e


erros, amar o projeto


que vai se trasnformando


em obra no trabalho da


construção de mim mesmo.






Amar-me como eu estou


aqui e agora, vivendo a


vida simplesmente,


naturalmente, com o ar


que eu respiro, o chão


que eu piso, as estrelas


que eu sonho...






Às vezes gostar de mim é


um desafio, uma prova de


fogo que revela se eu


realmente me amo, ou


apenas finjo amar-me.






Gostar de mim na perda


quando a vida me fecha


uma porta, sem nenhum


aviso ou explicação...






Gostar de mim quando erro,


quando fracasso, quando não


dou conta, quando não faço


bem feito e ainda encontro


quem me critique ou zombe


de mim por eu ter sido apenas


o que sou:






Limitado, vulnerável, imperfeito,


humano.






Gostar de mim no fundo do poço,


cabeça a mil, coração a zero, e


ainda assim ser capaz de ouvir


e respeitar as referências do meu


próprio corpo como um anjo fiel,


atento e carinhoso...






Eu me relaciono com as outras


pessoas do mesmo modo como


eu me relaciono comigo...






Se eu amo, não sei te odiar...


Se eu odeio, não sei te amar...






Se eu me desprezo,


não sei te respeitar...






Se eu me respeito,


não sei te desprezar...






Como eu te aceitar,


se eu me rejeito?






Como eu te rejeitar,


se eu me aceito?






Celebro no amor a mim


mesmo o nascimento do


amor pelo meu próximo!










(Geraldo Eustáquio de Souza).

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