Amar o que eu sou,
Todo indivisível que
constitui o ser e o
acontecer do meu
corpo e no tempo...
Amar as coisas que
eu estou fazendo e o
modo como eu as faço...
Amar as minhas
limitações, como amo
as minhas possibilidades...
E nos meus acertos e
erros, amar o projeto
que vai se trasnformando
em obra no trabalho da
construção de mim mesmo.
Amar-me como eu estou
aqui e agora, vivendo a
vida simplesmente,
naturalmente, com o ar
que eu respiro, o chão
que eu piso, as estrelas
que eu sonho...
Às vezes gostar de mim é
um desafio, uma prova de
fogo que revela se eu
realmente me amo, ou
apenas finjo amar-me.
Gostar de mim na perda
quando a vida me fecha
uma porta, sem nenhum
aviso ou explicação...
Gostar de mim quando erro,
quando fracasso, quando não
dou conta, quando não faço
bem feito e ainda encontro
quem me critique ou zombe
de mim por eu ter sido apenas
o que sou:
Limitado, vulnerável, imperfeito,
humano.
Gostar de mim no fundo do poço,
cabeça a mil, coração a zero, e
ainda assim ser capaz de ouvir
e respeitar as referências do meu
próprio corpo como um anjo fiel,
atento e carinhoso...
Eu me relaciono com as outras
pessoas do mesmo modo como
eu me relaciono comigo...
Se eu amo, não sei te odiar...
Se eu odeio, não sei te amar...
Se eu me desprezo,
não sei te respeitar...
Se eu me respeito,
não sei te desprezar...
Como eu te aceitar,
se eu me rejeito?
Como eu te rejeitar,
se eu me aceito?
Celebro no amor a mim
mesmo o nascimento do
amor pelo meu próximo!
(Geraldo Eustáquio de Souza).
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