30/08/2010

Após fim do IPI reduzido, concorrência faz preço do carro zero cair de novo

Com a volta do IPI (Importo sobre Produtos Industrializados) em março deste ano, os carros zero km ficaram mais caros em abril e maio, mas voltaram a apresentar quedas nos últimos dois meses. Desde junho, os automóveis estão em média 1,08% mais baratos, segundo a inflação oficial do governo - o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Isso significa que um carro que custava R$ 30 mil em maio, passou a custar R$ 324 a menos em julho. A diferença é suficiente para pagar as despesas com as taxas de emplacamento do veículo - de cerca de R$ 245,64 – e ainda sobra grana para encher o tanque.

A queda nos preços dos carros zero km está relacionada a uma conjunção de fatores: os altos estoques das montadoras, a prática comum de mercado de “desovar” modelos 2010 por causa da chegada dos modelos 2011 e, sobretudo, a concorrência.

Os lançamentos do mercado estão mais velozes, sempre há redesenhos de modelos e ainda há o aumento de importados no mercado brasileiro, explica o consultor da Booz & Company Fabio Takaki.

- O consumidor tem maior variedade de escolha e maior poder de barganha. [Além disso], com aumento de estoques em junho e julho, montadoras e concessionárias devem ter tido necessidade de ajustes [o que gera os descontos].

Para o presidente da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sérgio Reze, o problema não é estoque, já que as empresas produzem de acordo com a procura. Além disso, as montadoras organizam sua produção para não atrapalhar a saída dos modelos antigos.

- Sabendo que vai mudar de modelo, a montadora não aumenta a produção do modelo antigo. O que acontece é que o mercado continua em expansão e existe uma concorrência forte. A Fiat quer continuar na primeira posição, a Volkswagen quer ultrapassá-la, a GM e a Ford querem melhorar...

Segundo Reze, o consumidor brasileiro compra muito mais pelo preço e pela oportunidade.

- Tanto faz comprar marca A, B, C ou D. Ele [consumidor] vai pelo preço, que é determinante para a mesma categoria de produto [carros de entrada, por exemplo, que são os chamados populares]. R7.

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