23/09/2010

Dilma rejeita o clima de ódio da oposição na campanha

Em comício que mobilizou o bairro mais populoso de Curitiba, o Sítio Cercado, a candidata Dilma Rousseff rejeitou o clima de ódio que os adversários tentam criar às vésperas da eleição e convocou os eleitores a combatê-lo com amor. Ao lado do presidente Lula, a candidata afirmou que o povo não é “tolo” e não acreditará em quem nada fez quando governou o Brasil.

“Muita gente promete muita coisa. Meu adversário, por exemplo, vive prometendo. Mas quando puderam mais, fizeram menos. Quando estavam no governo, não criaram o Bolsa Família, não aumentaram o salário mínimo", disse Dilma. "Agora, na hora da eleição, prometem mundos e fundos pensando que o povo é tolo. Mas o povo não é tolo.”

Ela atribuiu ao desespero a tentativa dos adversários de criar um clima de ódio na reta final da eleição. Segundo Dilma, o povo voltou a sonhar no governo Lula e saberá escolher o caminho da oportunidade.

“Na hora do desespero, meus adversários levantam falsidades e mentiras, e tentam criar um clima de ódio. Vamos combater o ódio que eles tentam destilar com amor ao povo brasileiro e esperança no futuro no Brasil”, afirmou.

Lula

Mas, para o presidente Lula, o povo brasileiro já aprendeu a fazer a distinção entre verdade e mentira. E Já aprendeu também que um metalúrgico tem mais competência que a elite política para governar o Brasil.

“O povo não se engana mais. Quem a vida inteira foi governo e não fez, não pode chegar na véspera da eleição e dizer que vai aumentar o salário mínimo se passou a vida inteira arrochando o salário mínimo”, criticou.

Segundo Lula, há dois projetos em disputa nestas eleições. Enquanto Dilma representa o reforço da soberania nacional, os adversários representam as privatizações. O presidente lembrou que encontrou a indústria naval “desmontada”, empregando apenas 1,6 mil trabalhadores. Hoje, são mais de 50 mil trabalhadores construindo plataformas com tecnologia brasileira.

“O que está em jogo neste momento é o projeto de soberania nacional e o projeto de entrega [do país pelo PSDB], porque eles achavam que o mercado por si só resolveria os problemas da sociedade brasileira”, disse.

Democracia

Lula rebateu as acusações de que representa uma ameaça à democracia. Enérgico, explicou que democracia é mais que poder reivindicar. É ter os direitos garantidos.

“Agora inventam o discurso que nós ameaçamos a democracia. Os donos do engenho são os democratas e os moradores da senzala são contra a democracia. Para eles, democracia era bom no tempo em que a gente podia se reunir em praça pública apenas para gritar que estava com fome. Para nós, democracia é comer, estudar, trabalhar, ter acesso à cultura e lazer. É isso que incomoda.”

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